Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo



 
Maqueta do projecto do Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo

O Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo já possui um estudo prévio, dirigido pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira. Este projecto, apresentado recentemente nos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo, mostrou que o arquitecto optou por manter a traça essencial da estrutura, reformulando-lhe e colocando-lhe um novo corpo.
"Existe, ali, um edifício de dois pisos e, do lado de dentro da Casa, é notória a existência de uma construção. Não é uma construção que esteja a ponto de ser refeita; nem tem uma planta, há uns restos, ruínas. No entanto, é mesmo um lugar de implantação de uma casa, o que, do ponto de vista das relações com o contexto, pode ser favorável, porque pode fazer um paralelo. Pensei que podia desenvolver isso; a dimensão da casa não dava grande respiro ao programa que ali queremos incluir. Analisando as necessidades de programa, os metros quadrados e a harmonização com o contexto, surgiu a ideia de desenvolver um segundo corpo, exactamente na direcção desta frente da casa", sublinhou o arquitecto.
Siza Vieira não quis deixar de reforçar que o Centro Interpretativo vai estar perfeitamente enquadrado com o Jardim Público Duque da Terceira, havendo mesmo a possibilidade de ligação entre eles.
Este edifício estará preparado para receber uma exposição permanente, bem como mostras itinerantes. Para que este centro tenha outra vertente, contará também com um café-concerto e com um auditório, tendo capacidade para cerca de 80 pessoas.
A obra tem início marcado para o final do ano de 2014 e terá um custo que ronda os dois milhões de euros.

Fonte: Adaptado de Diário Insular

Sara Luís

Arqueólogos revelam segredos das pirâmides da ilha do Pico


Anzóis, pontas de metal, ossos, conchas, pesos de redes de pesca, utensílios feitos de basalto, carvões e fragmentos de peças de cerâmica, foram descobertos nas primeiras sondagens arqueológicas autorizadas pelo Governo Regional dos Açores (Direção Regional da Cultura) às misteriosas estruturas piramidais da Ilha do Pico.
As pirâmides estão quase todas concentradas numa área de 6 km2 no concelho da Madalena, junto à costa oeste da ilha dominada pela montanha mais alta de Portugal (2351 metros) e a divulgação pública das descobertas é feita hoje às 21h00 numa conferência na Câmara da Madalena.  
As sondagens foram feitas por Nuno Ribeiro e Anabela Joaquinito, que estão entusiasmados com os depósitos de artefactos antigos que encontraram, e que tudo indica serem muito anteriores à data da descoberta dos Açores pelos portugueses (1427).
Mas os dois arqueólogos da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), que estão a ser apoiados pela Câmara Municipal da Madalena, têm um vasto trabalho de prospeção pela frente: há dezenas de pirâmides no local, que chegam a atingir 13 metros de altura, o equivalente a um prédio de habitação de quatro andares. Mas para já estudaram 140, algumas destruídas ou parcialmente derrubadas por sismos ou pela ação humana.
A tradição baseada na memória popular e os poucos estudos etnográficos existentes indicam que "estas estruturas, conhecidas por maroiços, datam dos séculos XVII a XIX, justificando-se a sua construção pela necessidade da limpeza dos solos para a agricultura", explica Nuno Ribeiro. De facto, a palavra maroiço significa monte de pedras associado à limpeza de terrenos agrícolas.

Estruturas semelhantes no Mediterrâneo


Mas esta explicação não convence o presidente da APIA, porque "existem várias edificações com mais de dez metros de altura, seguindo a mesma orientação geográfica". E porque no território português "não encontramos esta opção arquitetónica em mais nenhum local". Em contrapartida, "há paralelos arquitetónicos com regiões do Mediterrâneo - na ilha da Sicília junto ao Monte Etna, por exemplo".
Anabela Joaquinito conta que quando foram mostradas à população da Madalena fotos das construções da Sicília, "disseram que eram iguais aos maroiços". A arqueóloga que estudou a indústria lítica (tecnologia de trabalho da pedra) e é diretora do Departamento de Pré-história da APIA, sublinha que há outros indícios arquitetónicos da origem pré-portuguesa das pirâmides do Pico, como "a existência de degraus e a decoração com pináculos no topo". No topo de uma das construções estudadas foi também encontrado um piso circular que parece ser a base de uma habitação.
Uma das estruturas é um complexo arquitetónico que inclui edifícios piramidais organizados de forma a criar uma grande praça. "Esta organização do espaço não pode ser explicada apenas através da limpeza dos terrenos, pois terá envolvido um grande planeamento e um trabalho coletivo que demorou alguns anos a construir, seguindo sempre o mesmo projeto arquitetónico", argumenta Nuno Ribeiro.
"Mais espantoso é o facto de estas estruturas obedecerem às mesmas orientações das outras pirâmides, com aparentes motivações astronómicas e sugerindo rituais funerários", acrescenta o arqueólogo.  

"Sinto-me no México"


"Sinto-me no México", garantiu Romeo Hristov, arqueólogo da Universidade do Texas em Austin (EUA), quando visitou os maroiços do Pico em abril passado. Hristov pertence à corrente académica que defende a existência de contactos regulares entre as antigas civilizações do Mediterrâneo e da América.
"As estruturas do Pico são muito perfeitas, implicam uma enorme quantidade de trabalho que não se justifica apenas pelas necessidades da atividade agrícola", considera o arqueólogo. Por outro lado, "há uma orientação astronómica rigorosa, rampas de acesso e escadas associadas ao conceito de estrutura sagrada".
E no complexo "que liga vários edifícios piramidais encontram-se elementos comuns a pirâmides em todo o mundo, como uma praça ampla para cerimónias". Mas uma conclusão definitiva sobre a origem das estruturas "vai depender das escavações arqueológicas, que são fundamentais".
E também "das datações dos materiais encontrados que forem feitas em laboratório", esclarece Anabela Joaquinito. A arqueóloga explica ainda que algumas destas pirâmides têm câmaras no seu interior e uma delas foi objeto de sondagens arqueológicas. "A câmara é pequena e o corredor de acesso demasiado estreito e longo, não seria prática para quaisquer usos agrícolas".

Regularidade na orientação das pirâmides


"O que mais me impressionou foi a regularidade da orientação das pirâmides do Pico, embora acredite que nem todas foram construídas na mesma época. Esta regularidade é evidente no mapa com a sua localização feito pela Câmara da Madalena", afirma por sua vez Fernando Pimenta.
O diretor do Departamento de Arqueoastronomia da APIA usou ferramentas de informação geográfica nesta primeira investigação e concluiu que a maioria das pirâmides está orientada no sentido sudeste/noroeste.
Sudeste é a direção do vulcão da ilha do Pico e noroeste corresponde ao ocaso do sol no solstício de verão, que acontece sobre a ilha do Faial, muito próxima do Pico. Quanto às restantes pirâmides, têm uma orientação perpendicular às primeiras.
Fernando Pimenta admite que "parece ser intencional - e não apenas uma coincidência - a orientação geográfica das construções e a escolha do local para a sua implantação".
Uma concentração tão grande de pirâmides num intervalo tão pequeno de azimutes (o azimute é a medida regular do horizonte contada a partir do norte geográfico) e com esta regularidade, significa que há intencionalidade, "mas claro que esta conclusão não é tão definitiva, do ponto de vista estatístico, como seria se as estruturas estivessem espalhadas por toda a ilha e não apenas concentradas numa pequena área do concelho da Madalena".
O arqueoastrónomo adianta também que as regras de orientação "parecem obedecer a princípios que incorporavam algum ritual relacionado com o solstício de verão".

"Defesa da verdade histórica"


Entretanto, o presidente da Câmara da Madalena salienta que "o envolvimento do município neste processo é norteado pelo forte empenho na defesa da verdade histórica e na necessidade de conhecer e preservar as raízes do nosso povo", o que "é do interesse de todas as instituições, sejam elas científicas, políticas ou outras, incluindo o Governo Regional dos Açores".
Mas a prova definitiva da origem pré-portuguesa das pirâmides "terá de ser obtida através de uma datação clara e inequívoca dos materiais encontrados", insiste José António Soares, reconhecendo que a comprovação de todos estes achados permitirá novas oportunidades de desenvolvimento turístico.
"Não queremos apagar a história açoriana mas sim acrescentar algo à história já conhecida e, se possível, enriquecê-la com os novos dados disponíveis", acrescenta o autarca.



Fonte: 
http://expresso.sapo.pt/arqueologos-revelam-segredos-das-piramides-da-ilha-do-pico=f827624#ixzz2dI13G6Dd

Festa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo

Hoje começa a festa da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge. 

A programação é a seguinte:

- Dia 30 de Agosto

Fado da Caldeira - António Baltazar

Cantigas ao desafio - António Costa e João Bettencourt

Espectáculo Musical - Dupla L&L e Dj´s RE - music 

Dia 31 de Agosto

Tradicionais Sopas da Caldeira de Santo Cristo

Fado da Caldeira - António Baltazar

Cantigas ao desafio - António Costa, João Bettencourt e Bruno Oliveira

Espectáculo Musical - DiAnja, Dupla L&L e Dj´s RE - music

Dia 1 de Setembro

Missa Solene em honra ao Senhor Santo Cristo

Arrematações

Procissão do Senhor Santo Cristo



SATA Airlines Azores Pro13




De três a oito de setembro do presente ano, irá decorrer na Praia de Santa Bárbara,na Ilha de São Miguel, a quinta edição do SATA Airlines Azores Pro.

A prova de qualificação para o circuito mundial vai contar com a presença dos melhores surfistas internacionais, incluindo alguns nomes do TOP 10 desta modalidade. 


Desenvolvimento da industria da telha na ilha Terceira


Em 1841, houve um sismo na Ilha Terceira que destruiu parte do concelho da Praia da Vitória, principalmente na zona do Ramo Grande. Este é um ponto de viragem para a indústria da telha da ilha terceira. Este fenómeno natural desencadeou repentinamente intensa procura de telha local para a construção e reedificação de casas outrora com telhados de colmo. A procura excedeu a oferta pois nem a produção de todos os telhais terceirenses nem das restantes ilhas era suficiente para satisfazer as necessidades sendo necessário comprar e importar ao reino 100 000 telhas. Tamanha necessidade desencadeou e impulsionou a produção de telha no concelho da Praia da Vitória que no ano de 1887 já contava com cinco telhais a laborar e cuja extracção de barros se verificava localmente. Vivia-se o período áureo da indústria da telha.
Mais tarde, na década de 40 do século XX, a indústria apresentava sinais de declínio. Após a época áurea em que a procura da telha excedia a oferta, na década de 40 somente se mantinham em funcionamento três fábricas de telha na Praia da Vitória, que acabaram por terminar de laborar telha por terem ficado totalmente destruídos no violento sismo de 1 de Janeiro de 1980.


No entanto, persistiram a produção outras pequenas olarias produtoras de telha na ilha Terceira, como em Angra do Heroísmo “Olaria das Bicas” na Canada do Barreiro, na freguesia da Conceição, cujo proprietário era João Gonçalves Toste ou “João Bicas”. Na Freguesias dos Altares havia a olaria “ Telhal Nossa Senhora do Carmo”, cujo proprietário é o Sr. Joaquim Coelho Parreira “Joaquim Frade”, aposentado.
Actualmente a única olaria que produz telha é a “Olaria da Canada do Laranjo” cujo proprietário é o Sr. Hermínio da Cunha Cordeiro, aposentado. Actividade é mantida pelas mãos de seu filho Braúlio Cordeiro, o único artesão a laborar telha na Terceira, mas não como actividade exclusiva. Este artesão só produz telha por encomenda por já não ser um negócio tão rentável como outrora face á concorrência de telha importada e feita por métodos industriais. Esta pequena empresa artesanal corre o risco de fechar e assim extinguir-se uma das últimas fábricas de telha artesanal no território regional.


 Texto de: André Santos

Ciência Viva no Verão na Ilha Pico


Contribuindo há mais de uma década para aproximar a ciência portuguesa dos cidadãos, é tempo de partida para novos desafios. Iniciando-se num período em que o público é convidado a participar nas mais de 2000 atividades da Ciência Viva no Verão e os jovens a tirar partido das férias para realizar estágios em instituições científicas.

Desde o dia 15 de Julho que o Centro de Ciência Viva, organiza passeios científicos, observações astronómicas, visitas a obras de engenharia, castelos e faróis, em todo o território nacional, na companhia de especialistas de instituições científicas, museus, centros ciência viva, associações e empresas e que prolonga até ao dia 15 de Setembro.

Umas das atividades que pude assistir foi no passado dia 28 de Agosto foi realizada na Ilha do Pico, tendo como título Geodiversidade da Costa Sul do Pico (Geoparque Açores), foi uma atividade realizada através de um passeio de barco "semi-rigido", pela Costa Sul do Pico, interpretando os principais aspetos da Geodiversidade deste local, entre as localidades de Lajes do Pico - Ribeiras - São Caetano.

A atividade acabou por ser uma mistura de emoções, nas quais tivemos oportunidade para vermos três cachalotes, um casal com a sua cria, ainda vimos o golfinho comum, o golfinho pintado e ainda o golfinho Grampo ou conhecido também por "golfinho Branco". Foi uma manhã inesquecivel, que valeu mesmo a ida.

Visita realizada dia 28 com o total de 27 elementos ao todo.
Teve a duração de 3:30 horas e foi organizado pela equipa: Manuel Paulino Costa,  Ana Filipa Lima e Maria Teixeira.

Os agradecimentos aos organizadores


 fontes: http://www.youtube.com/watch?v=nxdx8jD9UYs
            http://www.cienciaviva.pt/veraocv/2013/

Resumo da visita feito por: Mónica Martins.

Turismo dos Açores vai calendarizar todos os eventos previstos para 2014


O Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga anunciou na cerimónia de abertura da 29ª edição do Festival Maré de Agosto, em S. Maria, que, até ao final de Setembro, o Turismo dos Açores, em colaboração com as entidades promotoras de eventos nos Açores, vai calendarizar todas as iniciativas previstas para 2014, com o objetivo da sua promoção junto dos operadores turísticos dos principais mercados emissores.
“A mais-valia que os Açores têm a nível cultural e musical, como é o caso da Maré de Agosto”, segundo Vítor Fraga, “deve ser utilizada para promover os Açores junto dos principais mercados emissores, colocando à disposição dos operadores que trabalham o nosso destino turístico este produto, que irá contribuir ativamente para a valorização da oferta turística da Região e para a captação de fluxos turísticos para a Região”.
Para o responsável pela pasta do turismo dos Açores, “este é, sem dúvida, um tempo em que temos de nos esforçar no que é essencial”, sendo que “a valorização e a qualificação da oferta turística da Região é algo que é fundamental para o desenvolvimento turístico da Região”.
“É com eventos como este e como outros que temos por todas as ilhas, que estamos em condições de ter uma oferta turística com mais valor, capaz de continuar a atrair os turistas para as nossas ilhas”, disse Vítor Fraga, alertando para a necessidade de “potenciar" aquilo que os Açores têm de bom.
O Festival Maré de Agosto, segundo o Secretário Regional, “tem-se inserido neste espírito, não só numa perspetiva de dinamização do turismo interno, que é uma realidade conhecida de todos, mas também na captação de fluxos turísticos de fora da Região”, manifestando a convicção de que ainda existe “um potencial muito grande ainda para explorar”.






Fonte: http://www.observatorioturismoacores.com/noticia.php?id=2532