Há muitos, muitos anos, vivia na ilha Graciosa um casal que tinha uma pequena quinta. Cultivavam a terra, criavam gado e animais de capoeira. Logo pela manhã era o galo que os acordava com o seu alegre cantar: «Có-có-ri-có!»
Certo dia, quando o homem andava no campo, o galo desatou a cantar fora de horas. Maria estranhou e pôs-se à escuta. O animal não se calava e em vez dos sons habituais, parecia dizer palavras de gente:
- Foge! Foge! Foge!
Certo dia, quando o homem andava no campo, o galo desatou a cantar fora de horas. Maria estranhou e pôs-se à escuta. O animal não se calava e em vez dos sons habituais, parecia dizer palavras de gente:
- Foge! Foge! Foge!
Tomando aquilo como um aviso, abandonou o forno onde cozia pão e correu a prevenir o marido.
- Para o galo falar é porque está a acontecer alguma desgraça! Temos de fugir!
O homem riu e não ligou.
Pois alguns dias mais tarde o chão tremeu. Primeiro devagarinho, depois com mais força e por fim com violência. Das entranhas da terra rebentou um vulcão que engoliu a quinta e transformou o lugar numa furna.
- Para o galo falar é porque está a acontecer alguma desgraça! Temos de fugir!
O homem riu e não ligou.
Pois alguns dias mais tarde o chão tremeu. Primeiro devagarinho, depois com mais força e por fim com violência. Das entranhas da terra rebentou um vulcão que engoliu a quinta e transformou o lugar numa furna.
O homem desapareceu para todo o sempre. Mas a mulher e o galo por lá ficaram, encantados. Ainda hoje, quem passar perto em dias de vendaval, pode ouvir a cantoria do galo. E em dias de nevoeiro verá rolos de fumo denso saindo da caldeira: é Maria a cozer o pão no seu mundo encantado.
Fonte: http://www.oocities.org/br/miguelbmeneses/lendas.html
Fonte: http://www.oocities.org/br/miguelbmeneses/lendas.html
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