Defesa do turismo gastronómico é o mote da Confraria dos Gastrónomos dos Açores.
A Confraria dos Gastrónomos dos Açores realizou um almoço para promoção do polvo assado no forno, único prato açoriano concorrente, a participar no concurso “7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa”, cujos vencedores serão conhecidos a 10 de Setembro em Santarém.
O polvo assado concorre na categoria Peixe com o Bacalhau à Gomes de Sá (região Norte) e a Sardinha Assada (Lisboa e Setúbal). Há 21 finalistas distribuídos por 7 categorias: Entrada, Sopa, Marisco, Peixe, Caça, Carne e Doce.
António Cavaco, confrade-mor da Confraria Gastronómica dos Açores, realçou que o polvo é transversal na cozinha açoriana, pois é confeccionado desde Santa Maria ao Corvo, quer seja assado, guisado ou “à moda de”.
A organização liderada por António Cavaco considera que, sendo os Açores uma região de peixe, há que exortar os açorianos a “votarem no que é nosso”, assumindo esta candidatura como um factor de “união gastronómica”. Nesse sentido, António Cavaco ainda defende que não se pode olhar para a gastronomia açoriana como sendo o produto da imaginação de um qualquer restaurante vulgar, nem desligá-la da multissecular actividade humana arquipelágica e tão pouco isentá-la da sua carga histórica, o que seria redutor e revelador de falta de visão estratégica para promover o turismo.
O isolamento dos Açores do resto do mundo levou a que, desde os primeiros tempos do povoamento, a sua gastronomia se traduzisse numa miscelânea de gostos e de sabores, importados de várias partes do mundo de onde os povoadores vieram e outros trazidos pelos descobridores de terras distantes das Índias, das Áfricas e das Américas.
Sem comentários:
Enviar um comentário