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"Recordando o Passado" - 2ª Edição

Como “prometido é devido”, aqui vos trago hoje a 2ª Edição (como quem diz, é um complemento da 1ª edição que esgotou rapidamente, 500 tiragens!) do livro do Sr. Clímaco Ferreira da Cunha, “Recordando o Passado”.
Devo acrescentar que a adesão por parte dos jovens para com este livro é fenomenal. Afinal não estamos assim tão desatentos…
Assim, o Sr. Clímaco teve a necessidade de juntar nesta edição um léxico, tipo um dicionário que nos ajudar na melhor compreensão das palavras que hoje já não se utilizam no dia-a-dia ou mesmo simplesmente já não se usam. Também nesta edição juntou mais fotografias, deixando desta forma um ar mais “antigo”, isto é, mais passado, recordando-o também através de imagens.
Quero agradecer desde já o Sr. Clímaco por me ter recebido mais uma vez, muito obrigado e ficamos à espera do 2º livro.
Passo a transcrever um pequeno exemplo de como as coisas mudaram e aqui relatadas pelo Sr. Clímaco.
“Deite-me a sua bênção”
 “… No entanto, irão dizer que pertenço a uma comunidade conservadora, dado que esclareço, havia métodos de educação e respeito pelos pais, pelos avós, pelos tios e até pelos padrinho, que nos levava a sempre termos que lhes pedir a sua bênção, como sinal, repito de respeito pelos mais velhos e pelo sagrado.
Transcrevo aqui duas simples quadras do meu tempo de criança, que mostram bem o valor da bênção e do respeito.

Ó José, olha o teu pai                            Quanto a bênção fica bem
Tira o chapéu, beija a mão                    Para quem sempre a usou
Não sejas mal-educado                         Pede a bênção a pai e mãe
Puxa pela boa acção                             Aos tios, avó e avô
“… Eram outros tempos bem se sabe, mas eram formas de convívio com esses rituais, de pedir a bênção, tirar o chapéu, dizer obrigada, pedir desculpa e tratar os mais velhos por senhor ou senhora,…”
“… Quando os mais velhos falavam para nós, respondíamos; sim senhor, não senhor; ou sim sim senhora, não senhora conforme fosse o caso. O que julgo não ficava nada mal.”
“… Hoje as coisas mudaram, as atitudes evoluíram positiva ou negativamente.
Aqui não sei?...”
“Os nossos jovens hoje dizem coisas tão estranhas para nós velhos, tais como: “Yá, meu”! “Tá-se bem”! Tou bué de contente”! “ Qual é a tua?” Isto para não citar ditos entre rapazes e raparigas, obscenos e descabidos, mas até o primeiro-ministro diz; “porreira pá”… que mais há-de aparecer no novo vocabulário.”





Fonte: "Recordando o Passado" - 2ª Edição
Clímaco Ferreira da Cunha
Jorge Oliveira

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