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Plano de emergência para o turismo, defende a Câmara de Comércio dos Açores



O presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA), Mário Fortuna, admitiu esta sexta-feira a necessidade de adoção de um “plano setorial de emergência” para o turismo nas ilhas, caso se mantenha a tendência de quebra na procura do mercado regional.

Nos primeiros cinco meses deste ano, as dormidas registadas nas unidades hoteleiras do arquipélago verificaram um recuo de seis por cento e as receitas acusaram uma quebra 9,4 por cento, face ao período homólogo de 2011, segundo dados do Serviço Regional de Estatística (SREA). 

Para Mário Fortuna, essa evolução assume maior gravidade quando se tem em conta que “2011 já tinha sido um ano de redução da procura”. 

Apesar de considerar o turismo como um setor “essencial à recuperação” da economia regional e em que se deve evitar um “redimensionamento por baixo”, o presidente da CCIA admitiu que se a situação não se alterar “algumas unidades hoteleiras vão fechar”. 

Mário Fortuna manifestou-se contra uma eventual “reconversão” de estruturas hoteleiras para outras atividades, mas alertou para a importância de um “novo olhar” tanto no que se refere à promoção como no que respeita à questão dos transportes. 

Os dados do SREA indicam que a redução do número de dormidas nos primeiros cinco meses deste ano nas unidades hoteleiras do arquipélago se deveu a uma quebra na procura por hóspedes nacionais. Entre janeiro e maio, as dormidas de residentes em Portugal diminuíram 16,5 por cento, enquanto as proporcionadas por hóspedes estrangeiros registaram uma subida de 8,4 por cento.
 

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