Vamos conhecer mais um açoriano rico em conhecimento e convivência. Mais uma conversa simpática com o Professor Jorge "Cacete" Silveira, autor de dois livros já editados.
Professor Jorge Silveira, tenho o prazer
de estar consigo e para falarmos do seu novo livro "Navegando
interilhas". Antes de mais, pode-nos dizer quem é Jorge Silveira, o
cacete?
JS - Nasci nas velas vivendo nesta vila até 1967, altura que fui estudar para professor na cidade da Horta, onde permaneci dois anos. Da Horta fui dar aulas para Angra do Heroísmo de 1969 a 71 seguindo depois para o serviço militar, permaneci em Portugal e guerra colonial em Moçambique durante 42 meses regressando à Terceira onde me radiquei como professor.Sempre que possível dou um salto à minha ilha do coração S. Jorge. Presentemente passo metade do ano numa e noutra,Sou reformado alugo quartos na Terceira e casas na Graciosa e S. Jorge tirei um curso de guia turístico pois gosto do contacto com as pessoas. O meu trabalho de fim de curso vem no livro, um pouco da história do bairro do corpo santo que escolhi para viver. Gosto de música, de petiscadas, convívios com amigos e arranhar alguns instrumentos.
Professor Jorge é conhecido por Jorge "Cacete". Como surgiu esta alcunha e como prefere ser chamado, Professor Jorge Silveira ou Jorge "Cacete" Silveira?
JS - O meu pai era conhecido por Manuel Cacete portanto foi uma herança. Por vezes em S. Jorge ou pescadores do pico chamavam-me Cacete, na Terceira era o professor pois achavam piada porque era novo com 19 anos. Depois do lançamento do meu primeiro livro "Histórias do Cacete" o nome parece que pegou de galho e então usei-o como imagem de marca. Não tenho preferência quanto à denominação vai tudo ter ao mesmo denominador comum.
Agora, falemos deste seu novo livro, "Navegando interilhas", que é já agora o seu segundo livro não é verdade? Depois de em 2007, se não me falha a memória, ter saído o seu primeiro livro, "Histórias do Cacete"?
JS - Sim é o segundo livro, pois achei que tinha que continuar a
passar à escrita o que tinha recebido da nossa tradição oral.
Pode-nos dizer como e quando surgiu a ideia deste novo trabalho literário?
JS - Como disse antes há um manacial tão grande de acontecimentos que é bom ser conhecido do público sobretudo das camadas jovens para lhes incutir pontos de referência para que pensem que não estão tal mal como isso e que a vida já foi mais difícil, embora houvesse mais respeito pelos idosos, professores entre outros.
JS - Nasci nas velas vivendo nesta vila até 1967, altura que fui estudar para professor na cidade da Horta, onde permaneci dois anos. Da Horta fui dar aulas para Angra do Heroísmo de 1969 a 71 seguindo depois para o serviço militar, permaneci em Portugal e guerra colonial em Moçambique durante 42 meses regressando à Terceira onde me radiquei como professor.Sempre que possível dou um salto à minha ilha do coração S. Jorge. Presentemente passo metade do ano numa e noutra,Sou reformado alugo quartos na Terceira e casas na Graciosa e S. Jorge tirei um curso de guia turístico pois gosto do contacto com as pessoas. O meu trabalho de fim de curso vem no livro, um pouco da história do bairro do corpo santo que escolhi para viver. Gosto de música, de petiscadas, convívios com amigos e arranhar alguns instrumentos.
Professor Jorge é conhecido por Jorge "Cacete". Como surgiu esta alcunha e como prefere ser chamado, Professor Jorge Silveira ou Jorge "Cacete" Silveira?
JS - O meu pai era conhecido por Manuel Cacete portanto foi uma herança. Por vezes em S. Jorge ou pescadores do pico chamavam-me Cacete, na Terceira era o professor pois achavam piada porque era novo com 19 anos. Depois do lançamento do meu primeiro livro "Histórias do Cacete" o nome parece que pegou de galho e então usei-o como imagem de marca. Não tenho preferência quanto à denominação vai tudo ter ao mesmo denominador comum.
Agora, falemos deste seu novo livro, "Navegando interilhas", que é já agora o seu segundo livro não é verdade? Depois de em 2007, se não me falha a memória, ter saído o seu primeiro livro, "Histórias do Cacete"?
JS - Sim é o segundo livro, pois achei que tinha que continuar a
passar à escrita o que tinha recebido da nossa tradição oral.
Pode-nos dizer como e quando surgiu a ideia deste novo trabalho literário?
JS - Como disse antes há um manacial tão grande de acontecimentos que é bom ser conhecido do público sobretudo das camadas jovens para lhes incutir pontos de referência para que pensem que não estão tal mal como isso e que a vida já foi mais difícil, embora houvesse mais respeito pelos idosos, professores entre outros.
Sei que é um homem que como diz o livro, navega entre ilhas. Possui moradia na Graciosa da qual já tive o prazer de conhecer e estar consigo, tem uma em Angra do Heroísmo e outra nas Velas. Será esta vivência que faz ter esta vontade em estar constantemente em contacto com as pessoas? É este "apetite" que faz com que transporte as antigas vivências para o papel?
JS - Embora sejamos açorianos a ilha dá-nos um cunho próprio que marca a diferença de ser ilhéu daí que a histórias têm outro sabor quando contadas com a pronúncia do próprio local .Uma ilha que também adoro é o Pico talvez por ter costela de lá ou pela sua abertura e franqueza, quem sabe se num próximo livro continuarei com esta simbiose Pico S. Jorge levantando mais um pouco do véu da ilha-
"… a Ilha é já um ponto que paulatinamente minga no horizonte
e enquanto esta imagem ténue diminui vai crescendo na saudade,
tão grande na distância e profunda como o mar que nos separa.
Este mar da diáspora!
Cai o véu sobre a ilha… Até que um dia se levante uma ponta,
depois outra, juntando asas que voando a descobrem na plenitude
da sua felicidade."
Pode-nos falar um pouco do livro "Navegando interilhas", para que possamos comprar?
JS - Tenho a mala do correio para o topo, onde inclui a casa dos Tiagos que sempre me fascinou, o contrabando de aguardente entre pico e s. Jorge, a partir de uma historia falo nas traineiras que tivemos nas descargas do vapor e nos pagamentos da baleia, tenho uns reis de matança na Terceira, um conto de natal um outro de um concurso, entre outros.
Onde podemos adquirir o livro?
JS - Comigo para o 966534121 praça velha 37 ou na papelaria em frente ao jardim da República, nas Velas.
P - Resta-me agradecer e por ter aceite este meu pedido e desejar-lhe as maiores Felicidades!
JS - Muito obrigado pela oportunidade que me deste para
a divulgação da minha modesta obra.
Muito bem. Como diz o amigo e professor Jorge, é fundamental dar conhecer estas histórias, nosso património, para criar pontos de referência nas gerações mais novas. É este o tipo de obra que merecia apoios; simples e fácil de ler o que garante que não fica por aí a ganhar pó. Que apareçam muitos "cacetes". Paulo Teixeira
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