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BANCO D. JOÃO DE CASTRO


O Banco D. João de Castro é um aparelho vulcânico submarino localizado no Arquipélago dos Açores, entre as ilhas de S. Miguel e Terceira (coordenadas 38º 14’ N e 26º 38’ W), numa zona conhecida por rifte da Terceira. Esta zona é constituída por um conjunto de cones vulcânicos e falhas normais dispostos entre o Sul da Ilha de Santa Maria até à dorsal médio Atlântica, sendo por isso desprovido de plataforma continental. Presume-se que este aparelho vulcânico se formou por volta de 1720, a 31 de Dezembro, após uma erupção vulcânica que originou uma ilha circular. Posteriormente, devido à abrasão marinha, esta foi desaparecendo, até que desapareceu totalmente por volta de Julho de 1722. Dois séculos depois, por volta dos anos 40 do século XX, descobriu-se que esta ilha, na realidade, se tinha transformado num recife e se encontrava apenas uns metros abaixo da linha de água, podendo ter sido, por isso, origem de naufrágios.

A nível geológico, este Banco é constituído por escoadas de lavas de formas irregulares e muitas cavidades, estando sobrepostas a estas, depósitos vulcanoclásticos submarinos. Existem inúmeras falhas vulcânicas, através das quais se dá a libertação de gases
A nível biológico, este Banco revela bastante interesse uma vez que, nas poucas expedições efectuadas, se detectaram cerca de 300 espécies de diversos filos, o que leva a concluir que neste local existe uma interessante biodiversidade. Espécies como jamantas Mobola tarapacana, bicudas Sphyraena viridensis, cavalas-da-Índia Acanthocybium solandr, bonitos Katsuwonus pelanis e serras Sarda sarda, têm interesse, umas pela sua raridade e valor ecológico e outras pela sua beleza. ( Magalhães N.)




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