O presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores defendeu ontem a necessidade de um maior planeamento e estratégias de longo prazo para as reservas naturais e paisagens protegidas do arquipélago para se evitarem “intervenções sem estratégia”.
“Nas áreas maiores, nomeadamente reservas naturais e paisagens protegidas, pensamos que deveria ser necessário haver um planeamento diferente, porque em projeto as áreas protegidas teriam um plano de ordenamento e plano de gestão próprio que chegou a estar legislado, mas acabou por nunca ser executado”, afirmou à Lusa o ambientalista e presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, Diogo Caetano.
Apesar de considerar que nos Açores o património geológico “está, em geral, bem tratado”, Diogo Caetano considerou que “se houvesse maior planeamento de longo prazo, à semelhança dos Planos Diretores Municipais, que vinculam o uso do território a determinados contextos durante longos períodos de anos, seria possível ter outros resultados”.
“Algumas áreas protegidas acabam por não ter essa política de planeamento e acabam por não ter uma gestão reprodutiva e ter uma intervenção sem estratégia tão bem definida”, referiu o ambientalista.
Para Diogo Caetano, de um modo geral, os locais classificados como monumentos naturais, como por exemplo a Gruta do Carvão (Ponta Delgada) ou a Caldeira Velha (Ribeira Grande), ambos na ilha de São Miguel, apresentam “uma gestão adequada, o que não acontece tanto a nível das áreas protegidas maiores”, como a Lagoa do Fogo, a Lagoa das Furnas ou a Lagoa das Sete Cidades, “que poderiam ter melhorias de gestão significativas”.
Fonte:http://www.diariodosacores.pt/index.php/destaques-2/4099-ambientalistas-dos-acores-defendem-maior-planeamento-para-paisagens-protegidas
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