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São Miguel entre 10 destinos "a não perder" em 2015



Os Açores ou, mais concretamente, a ilha de São Miguel, são um dos dez destinos turísticos eleitos pelo jornal "Expresso" para este novo ano, sendo um dos principais argumentos apresentados a possibilidade de desfrutar de paisagens naturais únicas já ao preço das passagens low-cost.
Se junto ao título é feita referência simplesmente aos Açores, é São Miguel que é recomendado como destino específico entre esta dezena de viagens "A Não Perder".
"Lagoas que descansam no fundo de caldeiras vulcânicas, montes e vales pintados de verde, cascatas que formam piscinas naturais de água quente. Parece-lhe um paraíso distante? Olhe que não, nem precisa de sair de Portugal. Mas talvez o melhor seja apanhar um avião. Em 2015, já não tem sequer a desculpa dos voos caros para não ir aos Açores: a partir de abril, a Ryanair voa de Lisboa e do Porto para Ponta Delgada a preços substancialmente mais baratos. O melhor é ir já, antes da invasão de turistas", escreve o Expresso.
A questão que artigos como este podem colocar é até que ponto a presença das low-cost irá reforçar a posição turística de São Miguel, enfraquecendo a das outras ilhas. Do ponto de vista do presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, Sandro Paim, a notícia é, em termos gerais, bastante positiva, até porque desmistifica a ideia, enraizada junto do mercado nacional, de que os Açores são um destino bonito, mas demasiado caro. Porém, é preciso cautelas.
Os desafios
Sandro Paim acredita que há vários fatores que devem ser, agora, mantidos debaixo de olho, até porque o que foi negociado entre Governo Regional e as companhias low-cost foi que os turistas podem seguir para outra ilha, a partir de São Miguel, sem custos adicionais.
"Tem de se ver qual vai ser a reação dos consumidores. O que foi negociado permite que os passageiros possam visitar mais uma ilha sem custo adicional. Como vai isso ser passado em termos de promoção do destino, mesmo por via das low-cost, é o que importa sublinhar. Como vamos ver essa informação nos sites das companhias ou pelas agências de viagens? É essencial garantir que essa oferta é valorizada. Pode-se ir, por exemplo, para a Terceira ou para o Pico, passando por São Miguel", precisa.
Melhorar a oferta
Os desafios são internos e externos. "Tudo isto passa também pela capacidade que as ilhas do grupo Central vão ter de oferecer produtos atraentes para esses turistas, que podem entrar por São Miguel", sublinha.

Finalmente, o presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo espera também ver concorrência entre as low-cost e as companhias aéreas que tradicionalmente voam no arquipélago. "É expetável que as outras companhias se adequem em termos de competitividade, senão vão perder fluxos grandes. Mesmo os residentes vão ter tendência a entrar e sair por São Miguel", considera.

Diário Insular


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