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Associação lança em setembro base de dados sobre turismo acessível nos Açores




A Associação Regional para a Promoção do Turismo Acessível nos Açores disponibiliza, a partir de setembro, uma base de dados com informação sobre os empreendimentos turísticos, transportes e restaurantes acessíveis a pessoas com deficiência motora ou dificuldades de locomoção.
 

“Já temos uma base de dados bastante exequível para colocarmos online na nossa página na net. A primeira fase, com informação sobre as ilhas do triângulo [Faial, Pico e São Jorge], irá para o ar aquando da realização, a 24 de setembro, na ilha Terceira, do fórum 'Empreendedorismo em turismo acessível'", afirmou o presidente da associação, Tiago Valente, em declarações à Lusa.
A Terceira será a próxima ilha a integrar a plataforma, seguindo-se São Miguel. O propósito é criar uma plataforma de turismo acessível nos Açores, afirmou Tiago Valente.
O presidente da Access Azores explicou que esta futura plataforma, na página eletrónica da Associação (www.accessazores.org.), vai estar em constante atualização e, "nesta primeira fase, com informação sobre produtos e serviços ligados ao setor turístico nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge".
A plataforma vai disponibilizar informações sobre 'rent a car', empreendimentos turísticos, restaurantes, empresas de animação, operadores para observação de cetáceos ou empresas certificadas onde é possível realizar mergulho adaptado.
Segundo Tiago Valente, "nesta primeira fase foi mais fácil fazer um levantamento das acessibilidades nas ilhas do triângulo", onde a associação realizou também um ciclo de conferências sobre as oportunidades e desafios do turismo acessível e "recolheu informação junto dos municípios e agentes privados".
"Ficámos bastante surpreendidos, porque já existe, principalmente, ao nível da restauração e empreendimentos turísticos, alguns hotéis que já possuem os quartos adaptados, as casas de banho e roupeiros. Obviamente que não é um número amplo. É bastante residual, mas para o início é bastante viável", salientou, lembrando que a adaptação dos edifícios é "dificultada" por serem antigos e onde "é impossível fazer algum tipo de intervenção".
Para o presidente da Access Azores, "é preciso potenciar" o turismo acessível nas ilhas, frisando que é um segmento de mercado que "não abrange só pessoas portadoras de deficiências, mas também o turismo sénior, idosos com mobilidade bastante reduzida".
"É claro que existe um trabalho a fazer de sensibilização dos agentes privados para aposta neste segmento de mercado", declarou, sublinhando que "está comprovado ao nível de vários estudos que o turismo acessível é considerado por várias entidades como um produto estratégico para o turismo”.
“E nós também pensamos assim", salientou Tiago Valente, para quem os Açores "também se poderão afirmar a médio e longo prazo como um destino acessível de excelência".
A associação está ainda a ultimar o projeto Trail-O (Trail Orienteering) – Orientação para Todos, uma modalidade desportiva ligada à orientação, aguardando a chegada de material específico proveniente do continente para arrancar com mapas gratuitos nas diversas plataformas.
O Trail-O, segundo a IOF (International Orienteering Federation), "define-se como sendo a realização de um percurso topográfico sem o fator tempo, onde o praticante vê-se obrigado a interpretar o mapa para encontrar os postos de controlo e, uma vez no local, terá de escolher a baliza correta".
"Ao ser retirado o fator tempo, indivíduos portadores de diferentes graus de deficiência podem agora competir entre si sob iguais condições, significando assim que a competição deixa de se relacionar com aquele que completa a prova em menos tempo mas sim com quem melhor interpretar o mapa. Portanto, um praticante que possa andar deixa de possuir qualquer vantagem em relação a alguém que use uma cadeira de rodas", segundo a associação.



http://www.acorianooriental.pt/noticia/associacao-lanca-em-setembro-base-de-dados-sobre-turismo-acessivel-nos-acores

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