A ilha do
Pico prepara-se para duplicar a produção de castas nobres do seu vinho, numa
altura em que surgiram mais quatro marcas no mercado e cuja oferta é
insuficiente para a procura. “Desde que entrou em vigor o programa VITIS, em
agosto de 2014, já foram entregues candidaturas para mais de 130 hectares no
Pico, essencialmente para as castas tradicionais, como o verdelho, arinto dos
açores e terrantês do Pico. “Estamos prestes a duplicar a área das castas
nobres dos Açores”, disse à agência Lusa o presidente das comissões executivas
e Vitivinícola Regional dos Açores.
Atualmente,
existem em produção no Pico, cerca de 130 hectares, acrescidos de cerca de 100
hectares que, segundo Paulo Machado, estão em fase de instalação e que resultam
de projetos apoiados pelo Governo dos Açores ao abrigo do programa para a
reabilitação das vinhas abandonadas.
Estas vinhas
de acordo com o responsável pela comissão Vitivinícola Regional dos Açores,
estarão em produção dentro de cerca de três anos, enquanto as do Regime de
Apoio à Reestruturação e Reconversão da vinha (VITIS) darão frutos dentro de
cerca de quatro anos.
Numa altura
em que existem cerca de 20 marcas de vinhos certificados, o presidente da
comissão Vitivinícola Regional dos Açores sublinhou que, nos últimos anos
tem-se assistido a uma “evolução exponencial” em termos de valorização do preço
dos vinhos, atingindo-se hoje o triplo de há cinco anos.
Quanto à
produção de 2015 Paulo Machado admitiu que se registe um “decréscimo muito
ligeiro” da produção na ilha montanha, havendo ainda a destacar o facto de, no
âmbito da qualidade começarem a aparecer sinais de podridão em algumas castas
mais precoces.
Fonte:
Jornal “O Dever”
Ana Cabrita
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