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Se o tempo o permitir, em
janeiro, a cratera do Pico será palco de um espetáculo de violoncelo. Guilherme
Rodrigues, violoncelista natural de Lisboa, quer aventurar-se a subir a
montanha para atuar no ponto mais alto de Portugal e já há inscrições para assistir
ao concerto.
A ideia partiu do próprio
músico, quando participou este ano no festival Fringe, na ilha do Pico. O
concerto integra a programação do Montanha Pico Festival, também organizado
pela MiratecArts, que decorre durante todo o mês de janeiro. Guilherme
Rodrigues deverá atuar no dia 23.
"Já tenho o modelo
da composição. A conclusão da peça vai depender do meu estado de espírito nesse
dia e de como vai estar o tempo", salientou.
Natural de Lisboa, o
músico tem uma forte ligação à ilha do Pico, incutida pelo pai. "O meu pai
há cerca de 20 anos fez uma tournée nos Açores e apaixonou-se. No ano seguinte,
trouxe-me a mim e à minha mãe e nós também nos apaixonámos", contou. Desde
esse ano que passa os verões na ilha montanha.
O Pico já não é, por isso,
uma novidade. Já subiu a montanha três vezes, nenhuma com um violoncelo às
costas.
Guilherme Rodrigues toca
violoncelo desde os sete anos de idade. Teve formação clássica no conservatório
e já gravou vários discos. Atua em Portugal e pela Europa e é no estrangeiro
que pensa seguir carreira.
O concerto na cratera do
Pico terá uma assistência máxima de 60 pessoas e já houve quem se tivesse
inscrito, segundo Cláudia Melo, proprietária da empresa de animação turística
Épico, que está a organizar as subidas à montanha nesse dia.
A subida com guia é
gratuita, mas as inscrições são limitadas. Até à data, o público interessado em
assistir ao concerto tem-se mostrado muito variado. Há gente de várias idades,
uns que já subiram o Pico, outros que o pretendem fazer pela primeira vez. São
sobretudo pessoas que vivem na ilha, embora alguns não sejam naturais do Pico.
O encontro está marcado
para a Casa da Montanha e é lá que o concerto se fará se o tempo não permitir a
subida. Quem se inscrever receberá também um email com recomendações sobre o
vestuário e o material necessário para a subida.
Fonte: Diário Insular
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