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Azores Wine Company – Os melhores brancos de Portugal são dos Açores



Classificada como Património Mundial pela UNESCO em 2004, a paisagem vinícola da Ilha açoriana do Pico é composta por dois sítios – o lajido da Criação Velha e o lajido de Santa Luzia.  Na sua singularidade, a cultura vinícola açoriana data do final do séc. XV tendo sido amplamente favorecida pelas características locais: o solo vulcânico pleno de nutrientes; o micro-clima seco e quente favorável à maturação das castas.
Actualmente, o desenvolvimento do potencial vitivinícola dos Açores é uma aposta do Governo Regional constituindo um indubitável contributo à economia e ao turismo – à criação de emprego e riqueza regionais. Segundo os dados referidos ao jornal Açores9, os apoios públicos à recuperação e desenvolvimento das vinhas duplicaram desde 2012, passando de 500 mil euros para mais de um milhão de euros em 2014. Em entrevista ao mesmo jornal, Vasco Cordeiro, actual Presidente do Governo Regional dos Açores, afirmou que este é um projecto exemplar capaz de elevar a região a um “patamar de excelência”.
Fruto da sua elevada qualidade, o vinho produzido no Pico chegou a ser servido aos czares da Rússia e no Vaticano.

António Maçanita, fundador da Azores Wine Company, integra um limitado mas crescente número de jovens enólogos dedicados à recuperação e restabelecimento da vinicultura açoriana com projecção e reconhecimento internacional. A Azores Wine Company, fundada apenas em 2014, encontra-se já em ampla expansão, gozando de inúmeras nomeações por mérito de produção e singularidade. Da colecção de castas raras – Rare Grapes Collection – denotam-se o Arinto dos Açores, o Verdelho e o Terrantez do Pico.

Facto reconhecido pela região, é a qualidade de renovar e, simultaneamente, salvaguardar algumas variadades de castas que se encontram ameaçadas pela parca produção local, bem como pelo mercado insustentável. Aliada a estas necessidades, a Azores Wine Company desenvolve-se a par com o enoturismo, pretendendo aumentar a produção de 13 mil garrafas de vinho para 250 mil por ano exportadas para a Bélgica, Canadá, França e Holanda. A empresa integra já um limitado círculo de restaurantes detentores de estrelas Michelin.
Pretende-se um crescimento consistente, mas, sobretudo, a prática da qualidade. Fazer bem, mesmo quando ao bem não corresponda o espectável.
Em exclusivo na Wine Advocate, pela mão de Robert Parker, a Azores Wine Company é também destacada como a única empresa portuguesa com três vinhos brancos em posição de excelência no respectivo ano de lançamento. Em destaque na revista classificaram-se os melhores brancos portugueses de origem açoriana: o Verdelho – “o Original” 2014, o Arinto dos Açores 2014, Arinto dos Açores – “Sur Lies” 2014. António Maçanita foi ainda um dos quatro nomeados para a categoria “Enólogo do Ano 2015” pela revista Wine – A essência do Vinho, cujo resultado será divulgado ainda este mês.


Iamagem: https://www.facebook.com/pedromadrugaphotography/photos/pb.128155000690906.-2207520000.1454338081./481251755381227/?type=3&theater
Texto: http://excelenciapt.com/site/?p=5290
Carolina Simas

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