Segundo a crença da população, os
diabretes, uma espécie de duendes, saíam de certas zonas da costa para afligir
a vida das pessoas com quem se cruzavam. Normalmente surgiam nas localidades em
certas noites do ano, mas com mais frequência na noite da 2.ª feira de Carnaval
para 3ª-feira de Entrudo. Assustavam as pessoas e os animais, reviravam as
culturas nas terras. Com receio, as pessoas muitas vezes apenas se fechavam nas
suas casas. Aqueles que podiam, fugiam das costas marítimas, onde eles
apareciam em maior número.
Na Fajã de Vasco Martins,
pertencente aos habitantes da localidade do Toledo, na ilha de São Jorge,
existia um grupo de homens que se julgavam mais corajosos que os restantes e um
dia resolveram que haviam de enfrentar os Diabretes. No dia 2 de Fevereiro,
prepararam uma pescaria e foram para a casa de um deles nesta fajã, armados com
paus endurecidos, foicinhos e outras armas artesanais.
À meia-noite nada de incomum
tinha acontecido. Confiantes de que os diabretes tinham tido medo deles,
pararam a pescaria e foram para a casa da fajã de um deles, onde se sentaram a
conversar e a rir, a assar peixe e beber vinho de cheiro produzido na fajã.
Perto da madrugada começaram a ouvir barulhos ao longe, que lhes parecia o sussurrar do vento nas árvores, mas rapidamente aumentou e parecia o bramir do mar em dia de tempestade. Até que o crescente barulho deixou de ser explicável, parecendo uma mistura de vários e diferentes sons que pareciam vir de todos os lados.
A barulheira vinha do telhado, onde as telhas pareciam estar a partir-se outras a serem arrastadas. Começaram pancadas fortes nas portas e janelas. Parecia que a casa abanava toda com o barulho. Os homens começaram a tremer e nem se arriscaram a abrir a porta ou a espreitar pelas janelas.
Ficaram todo o resto da noite aconchegados num canto da casa, e só ao raiar da madrugada é que o barulho foi parando aos poucos, até desaparecer. Pensando não tinham uma única telha no lugar e as terras todas reviradas, saíram de casa mas parecia que nada se tinha passado. As telhas estavam nos seus lugares, as plantas nos campos não tinham sido mexidas, tudo estava normal.
Perto da madrugada começaram a ouvir barulhos ao longe, que lhes parecia o sussurrar do vento nas árvores, mas rapidamente aumentou e parecia o bramir do mar em dia de tempestade. Até que o crescente barulho deixou de ser explicável, parecendo uma mistura de vários e diferentes sons que pareciam vir de todos os lados.
A barulheira vinha do telhado, onde as telhas pareciam estar a partir-se outras a serem arrastadas. Começaram pancadas fortes nas portas e janelas. Parecia que a casa abanava toda com o barulho. Os homens começaram a tremer e nem se arriscaram a abrir a porta ou a espreitar pelas janelas.
Ficaram todo o resto da noite aconchegados num canto da casa, e só ao raiar da madrugada é que o barulho foi parando aos poucos, até desaparecer. Pensando não tinham uma única telha no lugar e as terras todas reviradas, saíram de casa mas parecia que nada se tinha passado. As telhas estavam nos seus lugares, as plantas nos campos não tinham sido mexidas, tudo estava normal.
Fajã Vasco Martins
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Fonte: http://lendasacores.blogspot.pt/2013/11/lenda-dos-diabretes-na-faja-de-vasco.html
http://www.aventour.pt/Actividades_Terra/Passeios_Pedestres/Fajas_Toledo.html
Patrícia Machado
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