O
Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Horta,
que a criação e gestão de áreas marinhas protegidas é um "objetivo
central” do Governo dos Açores para o setor das pescas, salientando que a
primeira medida do Eixo I do documento estratégico ‘Melhor Pesca, Mais
Rendimento’ é, precisamente, a criação e gestão de áreas marinhas
protegidas.
Fausto
Brito e Abreu falava na assinatura de um protocolo para a monitorização
científica das áreas de restrição à pesca em redor do Faial e do
Pico, no seguimento da publicação, a 21 de junho, de uma portaria que
estabeleceu regras específicas para o exercício da pesca nas áreas marinhas
destas ilhas, nomeadamente nas áreas do Monte da Guia, ilhéus da Madalena e
Baixa da Barca.
Através
deste protocolo, assinado pelas direções regionais das Pescas e dos
Assuntos do Mar, IMAR, Associação de Produtores de Espécies Demersais dos
Açores (APEDA) e Associação de Armadores de Pesca Artesanal da Ilha do Pico
(AAPAP), serão disponibilizados anualmente relatórios sobre a evolução do
estado dos recursos marinhos naquelas áreas, que serão partilhados com as
associações de pescadores, que farão o acompanhamento de todo o processo.
Brito e
Abreu frisou que “foi a APEDA que, durante o processo de consulta pública
sobre esta portaria, recomendou a monitorização científica do efeito destas
áreas protegidas nos 'stocks' pesqueiros e ecossistemas marinhos”.
O
Secretário Regional defendeu que, “se estas áreas foram bem geridas, todos
têm a ganhar”, sustentando que “será importante para a pesca profissional,
para a pesca lúdica, para a ciência e ainda para o turismo, em particular
para os operadores marítimo turísticos”.
“Tudo
faremos para que a operacionalização destes espaços traga um benefício
líquido para o setor da pesca, que é ainda hoje na nossa Região a mais
importante atividade económica que decorre no mar”, assegurou Brito e
Abreu, referindo-se à fiscalização e à "sensibilização das pessoas que
usam estas áreas”.
Para
além das três novas áreas de restrição à pesca no canal Pico-Faial, este
ano foram também criadas três novas áreas na Graciosa, designadamente na
Baixa do Ferreiro, no Ilhéu da Praia e no Ilhéu de Baixo, e uma área em São
Miguel, na Ribeira Quente.
No
total, foram estabelecidas sete novas áreas de restrição à pesca nos
Açores, adicionando assim mais 7.512 hectares à área dedicada à conservação
dos recursos pesqueiros na Região.
A
criação destas novas áreas resultou de um processo de participação ativa em
que estiveram envolvidos dois serviços da administração regional,
nomeadamente as direções regionais das Pescas e dos Assuntos do Mar,
investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos
Açores, bem como as associações que representam o setor das pescas nas
respetivas ilha.
Fonte: http://www.azores.gov.pt/Portal/pt
Ana Cabrita
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