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Atlantis Cup / Regata da Autonomia





Início a 30 de julho - Esta regata costeira - que vai na sua 28.ª edição - é considerada uma das mais bonitas e consagradas que há em Portugal. Tem participações nacionais e internacionais. Além disso, a sua contribuição para a consolidação da vela de cruzeiro como modalidade náutica passível de promover turisticamente os Açores é inquestionável.

O percurso deste ano começará nas Lajes das Flores, com passagem pelo Corvo e regresso às Flores. A segunda etapa ligará as Flores a São Jorge. A terceira e última etapa ligará Velas à cidade da Horta, no Faial. 



Fonte: http://agenda.acores2016.pt/agosto.html


Mónica Martins

Exposição MARLISCO “Lixo Marinho







A Exposição MARLISCO “Lixo Marinho: Um Problema Global” regressa à Fábrica da Baleia de Porto Pim
Inaugurada em 2014, ao longo de dois anos a Exposição “Lixo Marinho: Um Problema Global” viajou pelo Arquipélago, com paragens em todas as ilhas dos Grupos Central e Oriental, numa parceria entre a Rede de Centros de Ciência dos Açores e a AZORINA, S.A. e os Parques Naturais. Está agora de volta à Fábrica da Baleia de Porto Pim, nos meses de julho e agosto, com um conjunto de actividades renovadas, tendo como públicos-alvo crianças, jovens e adultos. A entrada é livre e aceitam-se marcações para grupos.
O regresso desta exposição ao Faial insere-se num conjunto de iniciativas que o OMA tem vindo a promover ao longo dos últimos anos, sobre a temática do lixo marinho. A Exposição pretende informar a sociedade sobre a verdadeira dimensão deste problema: o que é o lixo marinho, de onde vem, como afeta o meio-ambiente e o Homem e quais as ações que podemos tomar para combater este problema são questões abordadas nesta exposição.
“Lixo Marinho: Um Problema global” é uma exposição internacional, desenvolvida no âmbito do projeto europeu MARLISCO, pelo que, para além de Portugal, será também exibida em mais 14 países: Reino Unido, Irlanda, França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Itália, Grécia, Chipre, Turquia, Dinamarca, Roménia, Eslovénia e Bulgária.
Para mais informações, por favor contactar:
Carla Dâmaso – 292 292 140 | 96 885 63 08 | carladamaso@oma.pt


Fonte: https://www.facebook.com/oma.acores


Ana Cabrita

Projeto quer potenciar segmento de turismo de jardins nos Açores

Um projeto de investigação vai levar à criação de uma aplicação móvel para visitas aos jardins dos Açores e de uma página na Internet com o intuito de intensificar o segmento de turismo de jardins no nosso arquipélago.
“O que pretendemos é que haja uma possibilidade de investir mais nos jardins, para que seja um património reconhecido, suficientemente estimado e também possível de se transformar em produto turístico. Temos todas as potencialidades”, declarou Isabel Albergaria, investigadora responsável pelo projeto “Green Gardens Azores”, cuja entidade promotora é o Observatório de Turismo dos Açores (OTA), em colaboração com a Universidade dos Açores.
Este projeto, que agrega uma equipa pluridisciplinar, “visa também a conservação do património e vai ter a duração de três anos, com financiamentos de fundos estruturais e da região, nomeadamente da Direção Regional da Ciência e Tecnologia”, notificou a responsável.
Isabel Albergaria esclareceu que a ideia é "lançar as bases para potenciar o turismo de jardins" num arquipélago com um enorme potencial neste nicho de mercado e que pode ser uma mais-valia para combater a sazonalidade "muito característica" desta região.
A docente frisou que os jardins nos Açores apresentam várias particularidades, pois preservam "um sentido luxuriante", a presença de peças de água, como os lagos e tanques, árvores notáveis com um caráter monumental, um potencial ornamental com "uma flora subtropical essencialmente e muito centrada na Nova Zelândia e na Austrália, mas também do Extremo Oriente, do Japão e da China".
Segundo a docente da Universidade dos Açores, o projeto "já começou a recolher alguma informação para dar início às inventariações", que serão produzidas, inicialmente, num lote "relativamente reduzido" de jardins públicos e privados, na sua maioria em São Miguel, na Terceira e no Faial, mas podem ser desenvolvidas a mais espaços futuramente.
Este levantamento vai ocorrer sobre a botânica, equipamentos, a caracterização histórica destes espaços e dos solos, a fauna e avifauna, os levantamentos cartográficos e topográficos, as condições de acolhimento dos visitantes, referiu, defendendo que os Açores têm potencial para inteirarem redes internacionais de turismo de jardins.





Fonte:http://www.acorianooriental.pt/noticia/projeto-quer-potenciar-segmento-de-turismo-de-jardins-nos-acores
 
 
Patrícia Machado

Bananas à Moda dos Açores



Ingredientes:
  • 8 bananas 
  • 2 colheres de sopa de manteiga 
  • 1 colher de sopa de farinha de trigo 
  • 8 colheres de sopa de açúcar 
  • 1 copo de leite 
  • 2 ovos 
  • 1 cálice de aguardente
Confecção:
Coloque num pirex untado de manteiga, as bananas partidas no sentido do comprimento.
Bata as gemas com 4 colheres de sopa de açúcar, acrescente o leite, juntamente com a farinha dissolvida num pouco de agua e leve ao lume, mexendo sempre ate engrossar.
Depois retire e junte a aguardente.
Derrame este creme sobre as bananas.
Bata as claras em castelo firme, e acrescente as outras 4 colheres de sopa de açúcar, sempre a bater.
Derrame as claras sobre as gemas, e leve ao forno médio ate alourar.


Fontes:http://www.gastronomias.com/doces/doce0871.htm


Gina Maciel

 


Grutas Vulcânicas da Ilha do Pico




Foi lançado nas festas da Madalena um livro intitulado “No ventre sagrado da ilha” editado apenas em português pelo Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, com o intuito de alertar à população em geral que as cavidades vulcânicas da ilha do Pico têm de ser protegidas, afim de não serem destruídas.

A ilha do Pico é a que possui mais cavidades vulcânicas, estando inventariadas na obra 160 das quase 300 conhecidas no arquipélago, um património reunido em livro, para mostrar as "veias de lava" da montanha como comentou o vulcanólogo Victor Hugo Forjaz.

A obra foi criada pelo Victor Hugo Forjaz em conjunto com Albino Terra Garcia e Luís Miguel Almeida que reuniram centenas de fotografias e algumas gravuras das cavidades vulcânicas existentes no Pico.

Victor Hugo Forjaz quis desta forma também prestar homenagem ao espeleólogo picaroto Albino Terra Garcia, pela descoberta e salvaguarda das cavidades vulcânicas existentes na ilha, uma vez que ele é o grande descobridor de cavidades vulcânicas no Pico e também compra terrenos onde há essas cavidades para que os lavradores não as entulhem e as façam desaparecer.

Das quase 300 cavidades vulcânicas naturais (tubos de lava e algares vulcânicos) conhecidas, atualmente, nos Açores, nem todas são visitáveis ou estão abertas ao público em geral.



Fontes:http://www.rtp.pt/acores/local/grutas-vulcanicas-do-pico-precisam-de-ser-protegidas-video_50971
http://www.acorianooriental.pt/noticia/lvro-da-a-conhecer-veias-de-lava-da-montanha-do-pico

Elisabete Almeida

Cais de Agosto - São Roque


28 a 31 de julho - O festival de Verão mais animado da ilha do Pico oferece feiras gastronómicas, de artes e do livro, exposições fotográficas, provas de vela, de botes baleeiros, de canoagem, de tiro, de remo e de futebol, touradas à corda, actuações musicais de músicos e Djs regionais e nacionais, folclore, espectáculos de teatro musical.
O cartaz deste ano do Festival Cais de Agosto, que se insere na programação das Festas de São Roque do Pico, contará com:

28 de julho – Quinta do Bill e o DJ Rebel Kidz Crew 

29 de julho – Agir e os DJs Mariana Couto e DJ Nokin.

30 de julho – The Gift e o DJ Drumma Scratch (sábado,);

31 de julho – D.A.M.A. e o DJ Eddie Ferrer (domingo,).

Terão também lugar duas "Sunset Party" (29 e 30 de julho, respetivamente), sendo animadas pelo DJ Rui Tomé, na Praceta dos Baleeiros.

Também no âmbito das Festas de São Roque do Pico haverá dia 27 de julho o XI Festival de Bandas Filarmónicas da ilha do Pico.



http://agenda.acores2016.pt/julho.html#d18
Carolina Melo e Simas

Entrevista João gago da câmara João Gago da Câmara, jornalista e ex-locutor da RDP-Açores


João gago da câmara João Gago da Câmara, jornalista e ex-locutor da RDP-Açores, fez algumas viagens a Santa Catarina, no sul do Brasil, e falou com muitos descendentes de açorianos. São estas histórias que agora conta em livro, a que deu o nome de “Dos vulcões ao desterro”, muitas delas o impressionaram e que ficam para a história da emigração açoriana. O livro vai ser lançado em Ponta Delgada no dia 29 de Julho e João Gago da Câmara já prepara nova obra, desta vez um romance, como conta nesta entrevista concedida ao “Diário dos Açores”.

“Dos vulcões ao desterro” é o resultado da sua visão da emigração açoriana para Santa Catarina enquanto jornalista ou fez investigação mais profunda?
“Dos Vulcões ao Desterro” é mais a visão do jornalista, se bem que estivesse suficientemente fundamentado do ponto de vista histórico.
O trabalho, como é natural, careceu de consultas prévias a bibliografia diversa sobre a matéria, sobretudo para poder perceber o que ainda faltava contar , e era muito, desta senda da emigração açoriana para Santa Catarina, no sul do Brasil, acontecida na decorrência do reinado de D. João V, a partir de 1748.
E também percebi que era preciso contar essa saga de uma maneira mais informal, mais chã, mais acessível a todos, sobre este povo descendente dos antigos colonos, residindo pelas freguesias e lugares da bela ilha a quem bati às portas à beira da lagoa, com quem tomei chá, que vi trabalhar na renda de bilros e a atirar a tarrafa às águas, que ouvi cantar a açoriana Ratoeira, com quem participei nas festas do Divino Espírito Santo, de quem colhi histórias extraordinárias fruto das crendices que ainda perduram no seu imaginário, que vi partir para o mar e tirar o pão da terra.

Quais as histórias que mais o impressionaram?
Impressionaram-me, sobretudo, as viagens absolutamente brutais que, em meu entender, foram das mais dramáticas de toda a emigração portuguesa.
Foram viagens penosas sem regresso as de quantos se lançaram nessa aventura épica.
Confiava-se em promessas vãs e partia-se rumo ao desconhecido, arrostando contra mares bravios de um Atlântico perigoso e fatídico.
E lá iam amontoadas famílias inteiras, homens, mulheres, crianças e velhos e, com as marítimas doenças, como foi exemplo o mortífero escorbuto, e as más condições das embarcações construídas para transporte de carga, só os mais fortes resistiram.
O Atlântico foi, por isso, cemitério de muitos desses temerários.
Depois, porque foram para o sul, próximo de terras espanholas, tiveram que resistir às investidas das tropas de Espanha.
Impressionaram-me também as histórias de crendice.
Hoje, em determinadas zonas da ilha de Santa Catarina, ainda se acredita em bruxas e lobisomens, em mesinhas e maus-olhados.
Acha que esta ligação ancestral com Santa Catarina é mantida nos dias de hoje, com a dinâmica que se exige entre os Açores e a comunidade de lá, ou devia-se dar mais atenção à presença dos descendentes ali radicados?
Considero que muito já foi feito para estreitar laços históricos e culturais entre os açorianos e os catarinenses.
Missões universitárias foram a Santa Catarina e o mesmo aconteceu de lá para cá, intercâmbios que frutificaram e que trouxeram e cimentaram uma consciência própria em todo este processo.
Ainda há relativamente pouco tempo, estiveram em Ponta Delgada o presidente e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, tendo sido ambos palestrantes numa sessão pública acontecida na Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Mas haverá sempre muito mais a fazer, hajam possibilidades económicas para avançar com mais intercâmbios.
E sabendo que o que vou dizer pode parecer idiota, mesmo assim arrisco sugerir um voo, eventualmente quinzenal, até mensal, entre os Açores e Santa Catarina com o nosso novo avião de longo curso, o A 330 da SATA Internacional.
Porque não se houver ocupação? A ilha meridional tem 100 praias, montes e vales paradisíacos, gastronomia maravilhosa, uma cidade metropolitana, Florianópolis, cheia de arquitectura antiga, como o é o açoriano Mercado Municipal, ermidas e igrejas oitocentistas advindas do nosso povoamento e um povo alegre e anfitrião por excelência que recebe os visitantes de sorriso nos lábios e de braços abertos. 


Percorreu muitas comunidades da diáspora açoriana. A de Santa Catarina foi a que mais impressionou?
São comunidades diferentes.
As da América, Canadá e Bermudas são mais recentes do que propriamente a catarinense, o que faz terem bem mais presentes os costumes e as tradições das ilhas do nascimento.
Os aviões andam cá e lá em carreiras regulares, aproximando muito mais os açorianos de lá e de cá.
Já Santa Catarina, a onze horas e meia de voo, voando-se a 900 quilómetros à hora, não tendo voos directos e regulares, só mantém o que para lá foi levado um dia fruto da teimosia que persiste e surpreende dos descendentes dos velhos colonos açorianos, que, a muito custo, vão mantendo presente o legado desses avôs chegados Açores à ilha meridional, há mais de dois séculos e meio. 

Conta neste livro histórias de emigração que deveriam figurar na nossa história. Está por contar a história desta epopeia açoriana?
Segundo professores universitários catarinenses, este meu livro colmata uma brecha antes existente, por isso é referido nas promoções à obra como a história que faltava.
Inclusivamente referem que o livro é didáctico e poderá bem vir a ser alvo de estudo nas universidades.
Fiz por contar histórias de vida das gentes da ruralidade descendente dos homens dos vulcões, dos pescadores da barra da lagoa e do pântano do sul ainda por vezes usando as canoas baleeiras, dos agricultores da Lagoa da Conceição, das construções do casario de traços fortemente açorianos implantado em Santo António de Lisboa e em tantos outros povoados da ilha, das crendices, da música, da religiosidade onde sobressai a crença incontornável no Divino Espírito Santo, dos sobrenomes que persistem os mesmos de algumas ilhas dos Açores, das viagens, das dificuldades na fixação, entre muitos outros pormenores que, do ponto de vista de académicos da Universidade Federal de Santa Catarina e de outras instituições do saber, como o são Ana Lúcia Coutinho e Eliane Veiga, queridas amigas que me apoiaram sobremaneira e muito me aconselharam em várias pesquisas, esta obra virá trazer outra luz ao estudo da velha emigração para a ilha meridional brasileira.

 Depois “Dos vulcões ao desterro” o que é que se seguirá? Mantém o desejo de enveredar pela ficção?
Já enveredei pela ficção, estando presentemente a escrever o meu primeiro romance, pelo qual, na qualidade de leitor de mim, modestamente, estou perdidamente apaixonado.
Sobre o conteúdo, como compreendes, não é oportuno adiantar mais nada.

Como tem sido a reacção do público e como vai ser o lançamento em Ponta Delgada?
Do meu ponto de vista, a reacção do público surpreende-me sempre pela positiva de cada vez que lanço um livro.
Tive uma aceitação manifesta na Terceira e, em Lisboa, agradavelmente, achei-me convidado a lançar na FNAC onde este livro e o anterior já se encontram a ser comercializados.
Seguiram-se outras lojas FNAC a convidar-me para mais apresentações nacionais desta obra, “Dos Vulcões ao Desterro”, mas também da anterior, “Fragmentos entre dois Continentes”, que, para minha alegria, passaram ambas na selecção rigorosa de qualidade que a FNAC exige nas obras dos autores que expõe. Um muito obrigado à FNAC.
Devo agradecer aqui também à minha editora, a Chiado, pela atenção que presentemente me tem dedicado.
Quanto ao lançamento em Ponta Delgada, este está agendado para 29 de Julho, às 18 horas, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, contando com a apresentação de Alzira Silva, pesquisadora reconhecida nesta matéria. 



Fonte: http://www.diariodosacores.pt/index.php/sociedade/6863-impressionaram-me-as-viagens-absolutamente-brutais-dos-acorianos-para-santa-catarina

Maré de Agosto - Como tudo começou

O Cartaz para a 32ª Edição do Festival Maré de Agosto 2016, que se irá realizar de 18 a 20 de Agosto na ilha de Santa Maria já se encontra disponível em:
http://www.maredeagosto.com/index_pt.php 

No site poderá encontrar também outras informações, como preços, transporte e campismo, atividades entre outros.





História do Festival, como tudo começou:

“A Associação Cultural Maré de Agosto constituiu-se formalmente em 1987 mas, resultou de uma “noite mágica” em 1984 que sem saberem seria a primeira de muitas marés.
Efectivamente, o festival teve a sua origem, quando um grupo de artistas Açorianos resolveu promover um encontro de músicos na ilha.

Daí até à concretização da ideia foi um passo, feitos os contactos, eis que se juntam alguns dos mais representativos músicos dos Açores na pequena ilha de Santa Maria. A iniciativa agradou de tal forma a todos, que a decisão de continuar com o evento foi natural merecendo desde logo o consenso de todos os intervenientes.
As primeiras edições realizaram-se em vários palcos espalhados pela ilha; na Praia Formosa, na então denominada "Pousada da Praia" (atual Paquete), Discoteca Chaminé, na Piscina do Aeroporto. Estes foram os palcos principais em 1984 e 1985. Posteriormente foi também utilizado o já demolido Ginásio do Aeroporto. A ideia cresceu e a partir de 1986 estipulou-se um local definitivo onde se pudessem reunir outras condições para a realização da festa. O festival ficou assim sedeado na Baia da Praia Formosa a escassos 20 metros do mar, cenário considerado por muitos de "mágico".

Neste mesmo ano surgiu também outra inovação. A vontade de aprender, trocar experiências e conviver falava mais alto, e foi assim, que se começou a trazer a Santa Maria grupos oriundos de outras paragens. Continente Português, Estados Unidos, Africa, Brasil etc.
Com um crescimento tão rápido e com uma ambição enorme, havia que oficializar o evento. Surge assim, oficialmente em 1987, a A.C.M.A. - Associação Cultural Maré de Agosto.
É sua principal atividade a realização anual do Festival internacional de música Maré de Agosto. Contudo, a sua atividade não se resume à organização desse festival, realizando também, vários eventos em quase todas as áreas das Artes (workshops, teatro, artes plásticas, fotografia, etc).
A Associação assume-se como um dos mais importantes polos dinamizadores da ação cultural e lúdica, numa pequena ilha de menos de 6000 habitantes, e como uma referência indesmentível no panorama cultural açoriano. Do mesmo modo, essa atividade tem constituído um enorme contributo para a dinamização económica da ilha de Santa Maria, nomeadamente no sector turístico.

É sem dúvida, pouco vulgar um Festival de Música conseguir esta longevidade de edições anuais ininterruptas. Esse facto toma-se ainda mais raro quando esse Festival se realiza numa pequena ilha no meio do Atlântico Norte e assume maior relevância pelo generalizado reconhecimento da sua qualidade.
Um acontecimento lúdico e cultural que já levou a Santa Maria mais de 300 espetáculos, proporcionados por mais de 200 grupos diferentes e cerca de 1500 músicos. Entre eles, nomes destacados do panorama musical, nacional e internacional, representativos das mais diversas correntes estéticas. Mariza, Tânia Maria, Matisyahu, Extreme, Rui Veloso, Madredeus, Trovante, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Trevor Watts, José Mário Branco, Fausto, Carlos Paredes, GNR, Xutos & Pontapés, Resentidos, Ivan Lins, Rão Kyao, Júlio Pereira, Maria João, Mário Laginha, Martinho da Vila, Zizi Possi, Waldemar Bastos, Gabriel o Pensador, James Cotton, Omar Sosa, Dave Murray, Eric Sardinas, John Lee Hooker Jr., Celtas Cortos, Kíla, Anthony Gomes, Trio Mocotó, Skatalites, Angélique Kidjo, Asian Dub Foundation, Gentleman, Stanley Jordan, Lenine, Ana Moura, Jahcoustix, Royal Republic e Selah Sue são apenas alguns dos que figuram nessa "galeria de notáveis".

Muitos outros, porventura menos divulgados, têm regularmente assumido o papel de agradáveis surpresas deste certame musical. É indesmentível que a todos eles se deve uma boa parte do sucesso da MARÉ DE AGOSTO.”

Fonte: http://www.maredeagosto.com/index_pt.php?op=22

E da Pedra se Fez Vinho






Há dez anos que a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico foi declarada património mundial pela UNESCO. A classificação abarca vinhas heróicas criadas em solos de rocha vulcânica e onde se produzem vinhos únicos, tal como o sistema de cultivo em currais de pedra de lava.

Nem sempre a fama fala mais alto. Numa altura em que a França ainda anda às voltas com a candidatura de Champanhe a património mundial e em que o Piemonte italiano - de onde saem os igualmente famosos espumantes de Asti - só há dias viu aprovada a classificação dos seus vinhedos, completa-se já uma década desde que a Paisagem Cultural da Vinha da Ilha do Pico consta da lista da UNESCO.

Foi em Suzhou, na China, que o Comité do Património Mundial aprovou a classificação do secular sistema de cultivo da vinha naquela ilha dos Açores, reconhecendo o valor de uma “paisagem extraordinariamente bela e feita pelo homem”. Mesmo que então uma grande parte da zona a classificar estivesse votada ao abandono. O plano de gestão proposto pelo governo regional propunha, precisamente, um conjunto concreto de acções para a sua revitalização, no qual terá nestes dez anos investido já cerca de cinco milhões de euros.

E o balanço é claramente positivo. Quem o garante é o actual responsável pelo Parque Natural do Pico, Manuel Paulino da Costa, no cargo há três anos. “Conseguiu-se aquilo que à partida se apresentava como o mais importante, que era estancar o abandono”, diz, explicando que, “ao mesmo tempo, foi já revitalizada uma boa parte da vinha" o que, em seu entender, terá deixado "garantidas as condições para que a zona se mantenha como paisagem viva”.

Mas não é só o cultivo da vinha. Os programas de incentivo incluem também a reabilitação de muros e construções e, nos dois últimos anos, tem-se verificado uma multiplicação do número de candidaturas aos apoios públicos àquela actividade. Efeitos da crise? “Também, seguramente”, concede o responsável, que aponta ainda para a crescente visibilidade deste património, para a cada vez maior afluência de turistas e ainda para o reconhecimento e valorização crescentes dos vinhos. E os números aí estão para o confirmar. Só no ano passado foram apresentados 50 projectos para revitalização e recuperação, ou seja quase metade dos 116 que surgiram durante os primeiros oito anos de funcionamento do sistema de incentivos. E neste ano, até há um mês atrás, tinham já dado entrada 15 novos projectos. Em muitos casos, incluem recuperação de antigas construções para turismo rural, o que para o director do parque representa a afirmação do projecto e a confiança no futuro por parte das populações.

No que respeita ao turismo os números são, de facto, animadores. Em 2011 registaram a chegada à ilha de cerca de mil visitantes, número que triplicou no ano seguinte a disparou já para os seis mil no ano passado. Não só, é claro, pela paisagem das vinhas, mas também pela observação de baleias e as caminhadas “à montanha”, como por aqui é sempre designado aquele que nos seus 2351 metros é o ponto mais alto de Portugal. Na zona classificada há três percursos pedestres, tendo o da Criação Velha sido recentemente incluído na lista dos dez melhores do mundo, num ranking organizado por uma revista inglesa da especialidade

Beleza secular
No relatório sobre a candidatura, os técnicos do Icomos – o órgão consultivo no qual se apoiam as decisões da UNESCO – deixaram escrito que “a paisagem da Ilha do Pico é reflexo de uma resposta única à cultura da vinha numa pequena ilha vulcânica. Esta paisagem extraordinariamente bela feita pelo homem, composta por pequenos campos limitados por muros de pedra, é o testemunho de gerações de pequenos agricultores que, num ambiente hostil, criaram um modo de vida sustentável e um vinho muito apreciado”.

Um legado que começou a ser construído já no tempo dos primeiros povoadores, no séc. XV. Foram as ordens religiosas, com saber acumulado noutras paragens, que para ali levaram culturas de tipo mediterrânico, como a vinha e a figueira.

A parte ocidental da ilha, inóspita e improdutiva porque dominada por solos de pedra de lava, permanceu, no entanto, praticamente abandonada. Foram, mais uma vez, os monges que aí começaram a erguer protecções para o plantio de videiras. E, com os seus conhecimentos de misturas de castas na fermentação, começaram a fazer vinhos muito apreciados, o que levou ao interesse das populações por essas áreas inóspitas para a produção de vinha.

A singularidade do cultivo resulta do complexo e geométrico reticulado de muros de pedra basáltica, que cria uma espécie de ninho protector onde cresce a videira. É o sistema de currais ou curraletas, que comunicam entre si por aberturas nas extremidades, permitindo a circulação dos trabalhadores. Há uma abertura em cada uma das extremidades da quadrícula, mas sempre desencontradas para assim impedir a circulação do vento e respectivos malefícios.

Foi, precisamente, para proteger a videira dos ventos e do rocio do mar que foram sendo levantados esse muros de pedra solta, uma obra de tal dimensão que, se dispostos de forma contínua, atingiriam duas vezes o perímetro da Terra, medido sobre a linha do Equador. Embora grande parte desta singular e secular vinha permaneça ainda hoje ao abandono, os muros lá permanecem intactos cobertos pela vegetação.

Para lá do singular sistema de produção, resultante da luta do homem contra as adversidades da natureza, a UNESCO valorizou também o facto de se tratar de uma paisagem cujo ordenamento foi, também ele, ditado pelo cultivo da vinha.

As zonas junto à costa foram ocupadas pela produção e às populações só era permitido instalarem-se nas cotas superiores, onde a plantação já era impossível. Dentro dos vinhedos só os conventos, as adegas e os solares dos grandes proprietários.

Também os pequenos cais e ancoradouros, por onde o vinho era escoado em direcção ao porto da Horta, os caminhos traçados na pedra por onde as pipas rolavam em direcção a esses cais - e por isso chamados "rola pipas" - integram o património classificado. O mesmo acontece com as rilheiras - sulcos paralelos cravados na rocha pelos carros de bois em torno dos currais –, com as construções associadas ao cultivo da vinha e com os poços de maré que as abasteciam de água.

Vinhas de pedra
Uma vinha heróica que resulta de um buraco cavado na rocha e onde é introduzida a planta por entre a pedra partida. A própria videira busca depois o sustento penetrando longamente por entre as lâminas de lava, daí resultando vinhos únicos e extraordinários.

Tão raros e apreciados que levaram a um rápido aumento da produção que, no séc. XIX, atingia as 12 a 15 mil pipas. Era, então, exportado para o Brasil, Índias, Alemanha, Inglaterra e Rússia. Diz-se até que era o vinho preferido dos czares, e o certo é que, quando o palácio real foi ocupado durante a revolução bolchevique, ai foi encontrada uma das mais preciosas colecções de vinhos do Pico.

O sonho de prosperidade ruiu com a praga de oídio e filoxera que, a partir de meados do séc. XIX, dizimou vinhas por todo o mundo. A produção rapidamente caiu para as 100 pipas e, com isso, veio o abandono e a emigração. Foi já na passada década de 50 que as autoridades lançaram um plano para a recuperação da vinha do Pico e de todas as tradições culturais a ela associadas - a vivência das adegas, as músicas e as festas populares com elas relacionadas.

À criação da adega cooperativa do Pico segue-se o Museu do Vinho e a organização anual da festa das vindimas, tudo complementado com medidas de protecção ao património. Nos anos 80 é criada legislação que protege a arquitectura tradicional associada à vinha e os núcleos de adegas e uma extensa área costeira passa a paisagem protegida.

Com a classificação da UNESCO é criado o Gabinete Técnico da Paisagem da Cultura da Vinha do Pico, que dá origem ao plano de ordenamento que hoje enquadra e controla toda a actividade na zona.


Fonte: http://www.iloveazores.net

Ana Cabrita


Workshop de Dança Nia


 Beatriz Oliveira é Licenciada pela Escola Superior de Dança de Lisboa, frequentou o Curso de Dança Moderna na Theaterschool – Amsterdam School of the Arts e foi aluna na Fonty´s Dance Academy em Tilburg, Holanda. Desde 2004 frequenta várias formações de Dança Contemporânea, Improvisação em Dança e Body-Mind Centering em França, Inglaterra, Espanha e Alemanha. Em 2006/2007 leccionou “Dança Criativa” na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa e, em 2008, participou no programa Eurodisseia, em Barcelona, na Escola de Dança “Area, Espai de Dansa i Creació". No mesmo ano implementou o Projeto “Açores em Dança”, já na sua IV Edição, com o apoio da Direção Regional da Cultura. Em 2009 foi considerada, pela Direcção Geral para a Educação e Cultura da Comissão Europeia, um dos 100 jovens talentos criativos europeus e foi júri do concurso Labjovem – área de Dança e Performance. Em Maio de 2014 certifica-se no primeiro nível da modalidade de Dança Nia, em Viena de Áustria.
"Nia combina Dança, Artes Marciais e Terapêuticas num ambiente de Mindfullness harmonioso e dinâmico que transforma a experiência do corpo e do movimento artístico."
 Horário
14:00-15:30 dos 4 aos 6 anos
16:00-17:30 dos 7 aos 15 anos
18:00- 19:30 jovens e adultos
25 de julho – No Centro Cultural da Graciosa
29 de julho – No Instituto de Apoio à Criança & Projeto Renascer / São Miguel.
20 de agosto – Na Sede dos Bombeiros das Lajes do Pico.
2 e 3 de setembro – No Clube Asas do Atlântico / Santa Maria.
23 e 24 de setembro – Na Sociedade Nova Aliança / São Jorge.
2 e 3 de outubro – Na Casa do Povo das Lajes das Flores.
4 e 5 de outubro – Na Escola EBI Mouzinho da Silveira / Corvo.
 
Fontes: https://www.facebook.com/beatriz.t.oliveira.
http://agenda.acores2016.pt/agosto.html
Gina Maciel