'O concelho de Velas, com uma área total de 119km2, é um dos dois em que está dividida a ilha de São Jorge. (...)
A povoação de Velas foi fundada em meados do século XV, tendo recebido o foral de vila antes do século. Na segunda metade do século seguinte era já a principal povoação da ilha de São Jorge, importância que jamais viria a perder. A sua economia baseava-se na produção do pastel e da urzela, exportados para Flandres e usados na tinturaria, e ainda nas culturas da vinha e do trigo.
Entre os secs. XVI e XVIII as Velas foram sucessivamente atacadas por corsários argelinos, ingleses e franceses. No ano de 1708, o célebre corsário francês du-Guay-Trouin pilhou a vila das Velas, tendo os seus habitantes resistido heroicamente ao seu ataque.
Para além dos piratas, o concelho das Velas foi atingido por outras calamidades, entre elas as crises de alimentos em maus anos de colheitas, desde o povoamento até ao final do sec. XIX, e os sismos e erupções vulcânicas de 1580, 1757 e 1808.
Nos secs. XVIII e XIX, a exportação da laranja para o Reino Unido e Estados Unidos da América fez com que se registasse um apreciável crescimento económico. Ao porto da Urzelina aportavam navios ingleses e americanos para carregarem o precioso fruto, trazendo a esta freguesia uma animação invulgar.
Isolado durante muito tempo, devido ao precário abrigo que os seus portos ofereciam, hoje o concelho acompanha o progresso geral do restante arquipélago. A sua maior fonte de riqueza liga-se à pecuária, repartindo-se entre a exportação de gado vivo e a produção de lacticínios, em que se destaca o célebre queijo de São Jorge.'
Fonte: Guia Turístico de Velas
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