As Festas do Divino Espírito Santo que se realizam por todo o Arquipélago, a partir do domingo de Pentecostes e durante vários domingos, diferem nas suas características de ilha para ilha e mesmo de freguesia para freguesia, tendo no entanto de comum a Grande Coroação, ponto alto das festas e a distribuição, das típicas “Sopas do Império”.
Trazidas de Portugal continental com os primeiros povoadores, os festejos do Espírito Santo mantêm na sua feição popular e no colorido das cerimónias a sua origem medieval.
A invocação do Espírito Santo aquando das catástrofes naturais que afligiam o arquipélago e a fama dos seus milagres, a vida difícil e o isolamento das ilhas contribuíram para que o culto se arreigasse e permanecesse, enquanto desaparecia em Portugal continental.
Os rituais quase não foram alterados. Um Imperador é coroado na igreja paroquial. Com um ceptro e uma placa de prata, como símbolo do Espírito Santo, preside às festas todos os domingos durante sete semanas depois da Páscoa. No domingo de Pentecostes, há uma grande festa na cidade. O fulcro das cerimónias é uma pequena capela, ou "império" utilizada para a distribuição da sopa do Espírito Santo, com carne e legumes. É aí que a coroa, a placa e o ceptro estão em exposição no altar.
A passagem do tempo deu aos festejos do Espírito Santo características próprias em cada ilha, embora mantenham alguns elementos comuns como a coroação do "imperador", a exposição das suas insígnias - coroa e ceptro - o cortejo do "imperador" e da "imperatriz", com o seu séquito, o dia de festa em que são distribuídas oferendas de pão, carne e vinho.
Fontes do texto:
Fonte da imagem: http://fotos.sapo.pt/bolinha/fotos/?uid=sMWISiT5AcmQ1BKqJNMq
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