Maiores de 60 anos com novas vantagens de turismo


O Governo dos Açores criou, em 2008, o Programa 60+ Açores, que é gerido pela Fundação INATEL. Com este projecto, o Executivo Regional pretendeu "incentivar os cidadãos residentes nos Açores, com 60 ou mais anos de idade, ao contacto com as outras ilhas do Arquipélago, possibilitando que estes usufruam de um período de férias e de convívio em regime de pensão completa, durante um período de sete dias e seis noites, mediante um valor simbólico de participação".


O sucesso atingido pelo Programa 60+ Açores, em 2008 e 2009, que abrangeu cerca de 2.000 cidadãos residentes na Região Autónoma dos Açores, possibilitou manter "válidas as razões para os denominados Programas de Turismo Sénior para os anos de 2010 e 2011, atendendo à respectiva função social e de dinamização da economia regional, razões essas reforçadas pela actual conjuntura económica e inerentes reflexos na actividade turística, hoteleira e da restauração".


Nos termos do despacho conjunto do secretário regional da Economia e da secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, o financiamento do Programa foi de 500.000 euros, e assegurado em partes iguais por ambas as entidades governamentais. As transferências para a INATEL da verba referida, foram processadas em 50% até 14 de Dezembro de 2010; 40% até 15 de Março de 2011 e o restante após a apresentação do relatório de execução do programa.


Em Março deste ano houve uma alteração ao 60+ Açores, passando o Corvo a integrar o itinerário das viagens. "O programa, lançado em 2008 pelo Executivo regional para fomentar viagens de idosos entre as ilhas açorianas durante a época baixa, proporciona deslocações a um preço unitário de 25 euros, sendo o Corvo a única ilha que não era abrangida", afirmou na altura Paulo Estevão, líder do PPM-Açores, que anunciou igualmente que o primeiro grupo de visitantes que se deslocou ao Corvo foi composto por 17 pessoas e esteve naquela ilha entre 23 e 27 de Março. Contudo, devido à reduzida oferta de alojamento, o número de idosos esperado no Corvo é inferior a duas dezenas, enquanto nas viagens a outras ilhas do Arquipélago atinge as quatro dezenas.


O alargamento deste programa de mobilidade sénior ao Corvo resultou de uma decisão do Executivo açoriano e surgiu na sequência da apresentação, no Parlamento Regional, de uma iniciativa legislativa do PPM com esse objectivo. Segundo o deputado Paulo Estêvão, "não era racional nem justo é que o Corvo ficasse de fora destes programas, criados precisamente para apoiar as ilhas de coesão".


Segundo Paulo Estêvão, a entrada da ilha no circuito de um programa que já movimentou mais de 3.000 pessoas representa um "importante contributo" para o incremento do turismo, que considerou ser o "único sector que pode impulsionar o desenvolvimento do Corvo" e "perspectivar 'maior segurança' aos investimentos turísticos na mais pequena ilha do Arquipélago".

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