Governo prepara código para regular mergulho turístico com tubarões


O Governo dos Açores está a ultimar um projecto de código de conduta para o mergulho com Tubarões, respondendo assim ao crescente interesse que esta actividade turística tem vindo a despertar junto dos mercados turísticos, e em especial nos mercados internacionais.
O anúncio da criação do futuro código de conduta foi feito, esta manhã, nas Lajes do Pico, pelo Secretário Regional da Economia, Vasco Cordeiro, durante a sessão de abertura da primeira conferência de Turismo e Mar, que decorre naquela localidade até ao próximo dia 8 e que reúne, empresários, investigadores e responsáveis de diversos departamentos governamentais ligados à área do turismo e do ambiente.
Segundo o governante, a elaboração de um código de conduta para esta actividade tem por base a estratégia do Governo de “desenvolvimento sustentável do Turismo” assim como “a maior qualificação da nossa oferta” e dos produtos turísticos existentes na Região.
Vasco Cordeiro, que destacou o facto da proposta “não nascer apenas do trabalho desenvolvido pelos departamentos governamentais ligados às políticas de Turismo”, mas também com a acção da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, explicou ainda que “o documento que será dado a conhecer durante a conferência não é ainda a versão final do futuro código” tendo o governo entendido que “estando praticamente concluído, o devia trazer esta conferência, de forma a garantir que este seja um processo tão participado quanto possível”.
O Governante destacou ainda a participação do Departamento de Oceanografia e Pescas nos trabalhos desenvolvidos pelo Governo, contributo que considerou “imprescindível em todo este processo”.
Para o Secretário Regional da Economia, a realização desta conferência pretende também assegurar uma atenção muito especial à “sustentabilidade e defesa do ambiente”. “Se nos dias actuais existem certezas, uma delas é a de que a afirmação dos Açores no âmbito do turismo de Natureza terá forçosamente de passar por uma inabalável defesa dos valores da preservação ambiental e do turismo sustentável, criando riqueza mas ao mesmo tempo defendendo as comunidades, o património natural e a biodiversidade da região”, acrescentou, considerando “esse aspecto em si mesmo, mais um activo para a promoção turística dos Açores”.
Vasco Cordeiro recordou ainda que “o Mar é hoje uma componente incontornável em qualquer estratégia para o desenvolvimento futuro dos Açores” e salientou “o crescimento muito significativo do número de empresas dedicadas às actividades marítimo turísticas ou de actividades na Natureza, o que tem constituído um contributo muito importante, e poucas vezes reconhecido, para a fixação dos jovens empreendedores nas suas ilhas de origem”.
Aliás, enfatizou, “a par das políticas de ambiente, a construção de infra-estruturas, como marinas e portos de recreio, devidamente equipados, tem sido, igualmente, um elemento essencial para a criação de novas empresas ou para a criação de condições que possam fazer surgir novas empresas e postos de trabalho”.
Uma estratégia, concluiu, que “constitui um importante elemento das  políticas de coesão do Governo dos Açores” sendo actualmente “indesmentível que o turismo e muito em especial as actividades marítimo turísticas contribuiram sobremaneira para revitalizar a actividade económica das ilhas que, em meados dos anos 90, apresentavam sérios problemas de estagnação”.
Em relação ao futuro, o Secretário Regional da Economia garantiu que o Governo dos Açores “ambiciona mais”. “Queremos, por exemplo, uma cada vez maior qualificação da nossa oferta e até a especialização nas áreas em que podemos ombrear com a quase generalidade dos destinos que se encontram nos mesmos segmentos”.
Algo que está já a ser feito “como se pode verificar pelo projecto para a instalação, em Santa Maria, de um hotel de charme associado a um centro de mergulho, cuja primeira pedra foi recentemente lançada pelo Presidente do Governo dos Açores.  Esse centro, a par de outras iniciativas empresariais do género que serão conhecidas em breve, representa essa aposta em produtos específicos e muito direccionados a nichos de mercado, respondendo às tendências que se verificam na procura, mas também porque é desta forma que a nossa dimensão deixa de ser um constrangimento”, disse.

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