Vai estar patente na Delegação de Turismo da ilha
Terceira, de 11 a 30 de março, a exposição de fotografia de Rui Borba.
Esta exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira
das 9h00 às 18h00 e aos sábados das 9h00 às 12h00, na Delegação de Turismo da
ilha Terceira (Rua Direita).
Rui Borba volta a surpreender-se e a surpreender-nos
com a fotografia. O artista obriga a reavivar o que a velocidade e o ruído
teimam apagar. Com a rotina de nada ver, ou a ver sempre nada, desperdiçamos a
beleza que está em nós, acima de nós, de frente, ao lado.
Borba vê o que só um estranho à ilha seria capaz.
Nesta estranheza radica a novidade do belo. Os residentes não verão tanto
"a olho nu". Precisam de ajuda. Só quem caminha - e sente a
respiração - pára, olha e escuta. Eis o autor. A exposição permite recuperar
uma oprtunidade tantas vezes perdida.
Para quem nada de novo vê na cidade, o autor vê
pessoas, ilhas, mares, jardins, praças, aves, monumentos e plantas, diferentes
e novas. O que para uns é estaleiro da cidade, sítio ermo desconhecido, para o
autor é um miradouro, onde horizonte e proximidade se tocam.
A partir de um monumento - memorial uma pérgula
(2011), à espera de quem a habite ou a vista, enlace é o tema da exposição
onde, a partir de uma eventual complexidade, horizontal e vertical, o artista
vê uma comunicação harmoniosa. Cruzam-se a obra humana e a divina, o dia e
noite, num resultado marcado por uma linguagem religiosa, no melhor e mais
abrangente sentido do termo, numa dimensão espiritual e transcendente, que diz
mais do que vemos.
A obra está cheia de alianças e pontes. Nela não há
ruído, vazio ou alienação. Abunda a luz, a serenidade, o silêncio
contemplativo. Imaginamos o quanto se divertiu o autor ao registar a subtileza
inusitada das imagens. Não menos nos divertimos ao apreciar a colecção, quando
a diversão não é distracção.
Fonte: Delegação de
Turismo da ilha Terceira
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