Caldeira Velha da Ribeira Grande, um dos monumentos
naturais e regionais mais visitados dos Açores, tem desde o dia 29 de Agosto um Centro de
Interpretação Ambiental e o acesso ao espaço passará a ser pago em Setembro.
Segundo a agência Lusa, a inauguração das novas infraestruturas do local e do Centro de Interpretação Ambiental foi feita pelo presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, que defendeu que o projeto é um bom exemplo de uma das “estratégias” defendidas pelo executivo regional, que alia o turismo à valorização do património das ilhas, neste caso o património natural, com vista à “criação de emprego e à criação de riqueza”.
Para Vasco Cordeiro, o desenvolvimento do arquipélago passa pelos recursos locais que estão “à disposição” da região para “serem valorizados, para serem rentabilizados exatamente neste sentido da criação de emprego, da criação de riqueza”, o que é “particularmente importante” no momento atual.
O presidente do Governos Regional disse que há em todas as ilhas bons exemplos neste sentido, referindo o caso dos Capelinhos, no Faial, e da montanha do Pico, sublinhando que os centros ambientais “acabam por ser uma ferramenta essencial para não apenas a preservação e um melhor conhecimento da natureza, mas também para o objetivo de valorizar o ambiente, para uma orientação mais diferenciada do produto turístico” que a região quer vender, ajudando ainda à concretização do “objetivo macro” da criação de emprego.
Segundo Vasco Cordeiro, os visitantes veem os centros ambientais como “uma mais-valia”, tendo aumentado o número de quem os frequenta, no primeiro semestre do ano, em 78%, relativamente ao mesmo período de 2012.
O Centro de Interpretação Ambiental da Caldeira Velha, que se traduziu num investimento de 440 mil euros, vai dar trabalho direto a 10 pessoas nos meses do verão e a seis ou sete durante o inverno, segundo o presidente da câmara da Ribeira Grande, Ricardo Silva.
A entrada no espaço da Caldeira Velha vai custar dois euros, havendo atualmente cerca de 400 visitantes diários no verão.
Ricardo Silva destacou que, no entanto, a “preocupação” da autarquia, que gere o espaço, não é o “retorno financeiro”, mas a “satisfação” de todos os visitantes e a proteção e a valorização do património.
“Os valores financeiros não estão em primeiro lugar, mas antes os valores ambientais, turísticos e de futuro”, sublinhou, acrescentando que sem esta intervenção, o espaço continuaria a degradar-se, como estava a acontecer diariamente perante o número de visitantes.
Ricardo Silva destacou que há outros espaços semelhantes na ilha de S. Miguel que são pagos, não tendo diminuído o número de visitantes, “pelo contrário”, passando a cobrança da entrada a acarretar exigências ao nível da manutenção, por exemplo.
A Caldeira Velha vai estar aberta diariamente entre as 09h00 e as 21h00 no Verão e as 09h00 e as 17h00 no Inverno.
Dentro de um ano, a Câmara da Ribeira Grande espera ter concluído um projeto que tem como objetivo aquecer a água da piscina principal, que na última década e meia baixou cerca de dez graus, num “processo natural”. A “solução” está a ser estudada, mas será “natural”, disse Ricardo Silva.
http://Fonte: http://www.diariodosacores.pt/index.php/destaques-2/2788-caldeira-velha-com-centro-de-interpretação-e-entrada-paga-a-partir-de-setembro
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