Ermida da Boa Nova (fotografia antiga) |
Referido em 1583 como sendo um hospital
militar, fica assim considerado como o único existente em Portugal até essa
referência.
Este hospital estava associado ao
hospital da Campanha do Marquês de Santa Cruz, tendo como objectivo a recolha
dos doentes e feridos da expedição militar que venceu a ilha para D. Filipe II
de Espanha.
Este hospital foi mandado instalar por
Juan de Urbina, o primeiro governador militar dos Açores, durante a ocupação
Espanhola. Segundo Juan de Urbina, era importante ter um hospital de carácter
militar de forma a dar assistência ao seu exército.
O hospital e a ermida da Boa Nova são
frequentemente referidos em documentação histórica, nomeadamente quando se
trata de episódios de lutas ou do cerco do Castelo de São João Baptista,
localizado no Monte Brasil.
O local da Boa Nova, para além de ser
designado como uma área de carácter militar, era também feita referência à
presença de trincheiras ou com o título de “posto/quartel da Boa-nova”. Deste
modo, este monumento desempenhou um papel fundamental durante a época filipina,
passando a ser conhecido na história militar e religiosa dos Açores.
No ano de 1654, aquando da visita do
Padre António Vieira a Angra do Heroísmo, foi rezado um terço com a população
da Ermida da Boa Nova. Para além disso, no ano de 1711 foi sepultado um
cronista importante para a história dos Açores – Padre Manuel Luiz Maldonado,
autor da História Insulana e capelão
do Castelo de São João Baptista.
Localizado na freguesia da Sé, Angra do
Heroísmo, este conjunto patrimonial foi classificado como Imóvel de Interesse Público,
em 1980.
Actualmente pertence ao Governo
Regional dos Açores, onde está implantada o núcleo museológico militar Baptista
de Lima, em homenagem ao primeiro director do Arquivo Regional e Biblioteca de
Angra do Heroísmo. Este núcleo está destinado também a exposições permanentes e
temporárias.
Bibliografia: Folheto Hospital e Ermida da Boa Nova
Sara Luís
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