Câmara do Nordeste promove debate sobre preservação do património religioso



Integrado nos 500 anos do concelho, a Câmara do Nordeste promoveu uma exposição de esculturas e de alfaias litúrgicas referentes ao período que vai do século XVI a finais do século XIX, pertença das igrejas paroquiais do concelho do Nordeste.
A mostra, a decorrer até 12 de novembro na galeria do município (durante a semana), tem a colaboração de todos as igrejas do concelho, encontrando-se em exposição uma escultura, paramento ou peça de ourivesaria de cada uma das igrejas.
Ao promover esta exposição de arte sacra, pretendeu a Câmara do Nordeste, como disse na ocasião o responsável autárquico Carlos Mendonça, “dar a conhecer o património religioso do concelho e em simultâneo despertar as pessoas para a importância da preservação deste património cultural, que é dos maiores do concelho”.
Em simultâneo com a exposição, o município proporcionou ainda um debate, aberto à população, conduzido pela Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja, procurando sensibilizar as paróquias, as comissões fabriqueiras, os autarcas e a população no seu geral para a preservação do património religioso, indo dos edifícios às alfaias litúrgicas.
Três membros da Comissão Diocesana dos Bens Culturais, incluindo o presidente da comissão, padre Duarte Melo, elucidaram os presentes para a importância da proteção do património, religioso ou outro, e para o modo como deve ser feita essa preservação.
Através de alguns exemplos de boas e más intervenções nos edifícios religiosos, a Comissão dos Bens Culturais alertou para aspetos fundamentais a ter em conta tanto na preservação dos imóveis como na intenção de restauro, de ampliação ou de outras intervenções, para que não se cometam erros, por vezes irreversíveis, que desfiguram o património em questão.
A este propósito, para que se evitem intervenções de futuro que lesem o património religioso da região, passaram a carecer de autorização da Diocese de Angra quaisquer obras de restauro, ou outras intervenções a levar a efeito nas igrejas, as quais são previamente avaliadas pela Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja.
Também com esta preocupação da preservação dos bens culturais das igrejas, a Diocese de Angra, em parceria com a Secretaria Regional da Educação e Cultura, tem em preparação um trabalho de inventariação que abrangerá todas as igrejas dos Açores.

Fonte: http://www.azoresdigital.com/noticias/ver.php?id=19989


Mónica Martins

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