Certo dia, uma mulher foi apanhar
lapas e viu um crucifixo com uma imagem de Cristo a flutuar no mar junto às
rochas.
Como era difícil alcançar a imagem,
voltou à povoação, onde anunciou ao padre e à povoação o que tinha visto.
Intrigado, o padre acompanhou a
mulher à praia e viu com os seus próprios olhos que o que a mulher lhe tinha
contado era verdade.
O padre entrou dentro de água e
retirou a imagem de lá antes que a maré o levasse. Levou-a em procissão pelo
povo da localidade, que entretanto se tinham juntado, até à capela de Ponta
Delgada.
No dia seguinte, para espanto de todos, o crucifixo foi visto
enterrado na areia da praia, próximo do local onde tinha sido encontrado no dia
anterior.
O povo, em procissão, tornou a levá-lo para a capela. Mas, passadas
umas horas surgia de novo na praia. O crucifixo estava circundado de canas como
que a limitar uma área.
O povo, acreditando que era a vontade de Cristo, nunca mais
retirou a imagem e construíram ali uma igreja que mais tarde se tornou paróquia
de Ponta Delgada.
Levantaram também um muro, a fim de a proteger da fúria das
águas do mar durante o Inverno.
Diz a lenda que as águas nunca ultrapassaram o muro, nem nunca
se atreveram a entrar dentro da igreja.
Fontes:http://lendasdeportugal.no.sapo.pt/distritos/acores.htm
http://cacores.ca/index.php?option=com_content&view=article&id=140%3Alenda-do-senhor-jesus-de-ponta-delgada-sao-miguel&catid=38%3Acontos-e-lendas&Itemid=199&lang=pt
Elisabete Rosa
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