O Parque Natural da Graciosa procedeu à monitorização
de 154 ninhos de paínho-da-madeira (Hydrobates castro) e mediu, pesou e
anilhou 41 crias desta espécie, também conhecida como angelito ou
roque-de-castro, e que, à semelhança dos cagarros, após abandonarem os ninhos,
voam para terra em vez de se dirigirem para o mar alto.
O estudo destas aves migratórias é muito importante
para o seu conhecimento e dos respetivos ciclos de vida, tendo a anilhagem
científica permitido descobrir, por exemplo, no Golfo do México, em abril de
1998, uma ave que tinha sido anilhada nos Açores.
O mapeamento dos locais onde estas aves se alimentam e
passam o inverno é fundamental para a sua conservação e para a definição de
Áreas Marinhas Protegidas.
No decorrer do trabalho de monitorização das aves
marinhas que, nesta altura do ano, fazem do ilhéu da Praia o seu ninho,
detetou-se pouca predação, nomeadamente por mocho ou bufo-pequeno (Asio otus
otus) e por gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis atlantis).
Também não foram avistados estorninhos (Sturnus
vulgaris granti) que, em março e abril, nidificam no ilhéu da Praia e causam
predação massiva nos ovos dos garajaus.
Na Graciosa também nidifica, além do
paínho-da-madeira, cujas crias estão prestes a sair dos ninhos, o frulho
(Puffinus lherminieri baroli), uma ave marinha que está desde novembro em
posturas e que permanecerá no ilhéu da Praia até meados de junho, altura em que
as crias mais tardias se tornarão voadoras.
GaCS/OG
Fonte do texto: http://tcf.blogs.sapo.pt/parque-natural-monitoriza-154-ninhos-de-763322
Fonte da imagem: http://parquesnaturais.azores.gov.pt/pt/graciosa/noticias/locais-graciosa/1899-em-busca-do-painho-de-monteiroq-domingo-na-sic
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