Roberto de Mesquita, nasceu nas Flores a 19 de Junho de
1871 e faleceu a 31 de Dezembro de 1923.
Foi um poeta simbolista Açoriano, considerado por Vitorino
Nemésio como “o melhor exemplo do perfil difuso e
abúlico da açorianidade e um dos expoentes do parnasianismo e sobretudo do
simbolismo lusófono”.
Sob o pseudónimo, Raul
Montanha, publica o seu primeiro soneto “Fé”, no jornal “ O amigo do Povo”. Só
em 1891 publica pela primeira vez que o seu nome, o poema “Na aldeia”.
Aqui deixo um dos poemas de Roberto Mesquita.
AR
DE INVERNO
Aves do mar que em ronda lenta
Giram no ar, à ventania,
Gritam na tarde macilenta
A sua bárbara alegria.
Incha lá fora a vaga escura,
Uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
Este ar de Inverno, este ar doente?
Alma que vogas a gemer
Na tarde anémica, de vento,
Como se infiltra no meu ser
O teu esparso sofrimento!
Que viuvez desamparada
Chora no ar, no vento frio,
Por esta tarde macerada
Em que a esp'rança se esvaiu!...
Fonte do poema: http://geocrusoe.blogspot.pt/2009/02/poetas-e-poemas-escolhidos-v-roberto-de.html
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