"Esta é a prova mais importante do windsurf mundial", salientou,
numa conferência de imprensa, Carlos Borges, do Clube Naval da Praia da
Vitória, que organiza o evento.
Este ano, a prova que elege o campeão mundial de windsurf devia ter
decorrido na Austrália, mas um cancelamento de última hora levou a Associação
Internacional de Fórmula de Windsurf a convidar o Clube Naval da Praia da
Vitória a voltar a organizá-la.
"Isto só acontece porque nós realmente temos condições ímpares para a
prática de desporto náutico. Temos uma baía extremamente abrigada, o que
possibilita a prática, de uma forma geral, de todos os desportos
náuticos", frisou o responsável pela organização.
A "prova mãe" do windsurf, como descreveu, conta também para um
'ranking' europeu e mundial e as condições da baía da Praia da Vitória tornam
as "regatas desafiantes" para os participantes.
"É uma prova que lhes agrada extremamente, em primeiro lugar, porque é
feita numa zona praticamente fechada, em segundo lugar, porque é uma regata
extremamente tática. Não é só a questão do andamento da prancha em si, mas é a
perspetiva de saltos de direção de vento, o que a torna muito mais desafiante,
muito mais interessante do que se tivesse ventos constantes e regulares",
salientou.
O Clube Naval da Praia da Vitória conta com a participação de 60
praticantes de 17 países, mas inscreveram-se apenas dois portugueses dos cerca
de 50 que participam em competições no país, o que segundo Carlos Borges se
justifica pelo custo de deslocação para os Açores.
Segundo o responsável pela organização, o windsurf pode também ser um
complemento turístico nos Açores, tendo em conta que se estima que pratiquem a
modalidade cerca de 2 mil milhões de pessoas, entre os 15 e os 45 anos, a nível
mundial.
O Governo Regional dos Açores, que é o principal patrocinador do evento,
pretende transformar o windsurf numa referência da oferta turística regional.
"Isto tudo se enquadra numa estratégia que nós temos desenvolvida para
o turismo dos Açores, que passa desde logo por transformar a região numa
referência internacional no que ao turismo náutico diz respeito", frisou
Vítor Fraga, secretário regional do Turismo e Transportes.
A organização prevê que o evento traga à Praia da Vitória 150 pessoas, durante
cerca de uma semana, o que preenche a oferta de alojamento na cidade em época
baixa.
No entanto, para além do impacto direto, Vítor Fraga destacou a divulgação
do evento a nível internacional em meios de comunicação especializados, páginas
de marcas e redes sociais.
O Clube Naval da Praia da Vitória tem organizado campeonatos regionais e
nacionais de diferentes modalidades náuticas e há três anos acolheu também uma
prova europeia de windsurf, mas de um nível mais baixo.
De acordo com Carlos Borges, na ilha Terceira, existem atualmente cerca de
14 windsurfistas que participam em competições.
http://www.acorianooriental.pt/noticia/acores-acolhem-campeonato-mundial-de-formula-de-windsurf
Carolina Simas
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