Domingos Maria Xavier Rebelo - Pintor



Domingos Maria Xavier Rebelo nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, a 3 de Dezembro de 1891, pelas 24 horas, na rua da Esperança. Era filho de José Eduardo Rebelo, Guarda Fiscal desta cidade, e de Georgina Augusta Pereira Rebelo.

Domingos Rebelo aprendeu as suas primeiras letras com as senhoras Pereira, na rua da Arquinha, nº 73. Mais tarde, frequentou o Instituto Fischer onde recebeu uma educação fortemente ligada aos dogmas tradicionais do Cristianismo, o que veio reforçar as crenças religiosas de Domingos Rebelo. Ingressou depois na Escola de Artes e Ofícios Velho Cabral, como convinha a famílias de pequenas posses, onde o Director, o pintor Viçoso May, reconheceu e incentivou o seu talento artístico. Aos 13 anos de idade, Domingos Rebelo expôs, pela primeira vez, em Ponta Delgada, tendo despertado a atenção dos Condes de Albuquerque que, com o apoio de Viçoso May, subsidiaram os seus estudos em Paris. Domingos Rebelo tinha, então, 15 anos. Frequentou, em Paris, a Academia Julian, tendo como orientadores o pintor Jean-Paul Laurens, Albert Laurens e Naudin. Frequentou ainda outras academias como a Grande Chaumière, nas quais contactou com mestres como Bonnat e Jobbé-Duval. Durante os seis anos que passou em Paris, Domingos Rebelo conviveu com outros pintores portugueses, nomeadamente, Amadeu Sousa Cardoso, Santa Rita Pintor, Dórdio Gomes e Emmérico Nunes, num ambiente em que já se sentia a originalidade dos modernistas Cézanne, Matisse e Modigliane. 


Velha com capa - Óleo sobre tela

Ao longo dos anos, Domingos Rebelo foi definindo a sua personalidade e afirmando um gosto cada vez mais insular, mas foi nas décadas de 20 e de 30, altura em que apresentou os seus melhores trabalhos, que revelou a sua tendência regionalista.
O Regionalismo é a valorização daquilo que é popular e único na cultura de um povo e que se mantém vivo na alma e no quotidiano ao longo dos séculos. O povo torna-se objecto de estudo e campo de análise.

 O quadro que é considerado o ex-libris da pintura de Domingos Rebelo – Emigrantes. Neste quadro, a viola da terra, instrumento intrinsecamente açoriano, é considerada como uma referência obrigatória no panorama regionalista.

"Os emigrantes", por Domingos Rebelo (Foto: Museu Carlos Machado)

Fonte: http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115123020401/esdr/escola/historia/vida.pdf
http://www.hercules.uevora.pt/newsletter/newsletter2012(5).php


Andreia



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