Antigamente
o porto de serventia do Corvo era
uma entrada natural, muito próxima dos moinhos, que depois foi melhorada e a
que chamaram de Porto Novo. Por ali se fazia o embarque e desembarque de bens e
mercadorias que entravam e saíam da pequena ilha, principalmente do gado que se
exportava.
Uma certa vez, pelo Espírito Santo, tinham que ir levar uns bois para a festa na ilha das Flores. Apesar da época do ano, quase Verão porque Junho já ia adiantado, o tempo estava muito mau, principalmente à saída da barra, o que impedia os batelões a remos de saírem do Corvo. Era já vésperas do Espírito Santo e o tempo não melhorava. Os homens andavam por cima do cais, olhavam para o mar, miravam o céu a ver se vislumbravam ares de bom tempo, mas nada.
O mestre, que era um homem muito crente no Espírito Santo, a dada altura olhou para o mar e para o céu e, depois de pensar algum tempo, disse:
— Olha, eu sei com quem é que estou trabalhando... gado para o barco!...
Os outros acharam que ele estava doido em se querer arriscar tanto.
Um homem arriscou a dizer:
— Eh mestre, o tempo tá muito mau! É melhor não sair ainda!
Mas o mestre estava confiante no Espírito Santo e decidido a fazer a viagem. Com voz segura ordenou:
— Gado pra dentro!
Mais por obrigação do que por vontade, carregaram o gado e o barco largou do cais entre choros e lamentos das mulheres e acenos de reprovação dos homens que achavam aquilo uma aventura louca. Assim que o barco com o gado para o Espírito Santo chegou à barra do Porto Novo, o mar amansou de repente e ficou como azeite. As pessoas estavam pasmadas, algumas benziam-se e diziam:
— Louvado seja o Senhor Espírito Santo!
A viagem até Ponta Delgada das Flores não podia ter sido melhor porque o Espírito Santo tinha amansado o mar para que a carne não faltasse para as esmolas do dia da Sua festa.
Uma certa vez, pelo Espírito Santo, tinham que ir levar uns bois para a festa na ilha das Flores. Apesar da época do ano, quase Verão porque Junho já ia adiantado, o tempo estava muito mau, principalmente à saída da barra, o que impedia os batelões a remos de saírem do Corvo. Era já vésperas do Espírito Santo e o tempo não melhorava. Os homens andavam por cima do cais, olhavam para o mar, miravam o céu a ver se vislumbravam ares de bom tempo, mas nada.
O mestre, que era um homem muito crente no Espírito Santo, a dada altura olhou para o mar e para o céu e, depois de pensar algum tempo, disse:
— Olha, eu sei com quem é que estou trabalhando... gado para o barco!...
Os outros acharam que ele estava doido em se querer arriscar tanto.
Um homem arriscou a dizer:
— Eh mestre, o tempo tá muito mau! É melhor não sair ainda!
Mas o mestre estava confiante no Espírito Santo e decidido a fazer a viagem. Com voz segura ordenou:
— Gado pra dentro!
Mais por obrigação do que por vontade, carregaram o gado e o barco largou do cais entre choros e lamentos das mulheres e acenos de reprovação dos homens que achavam aquilo uma aventura louca. Assim que o barco com o gado para o Espírito Santo chegou à barra do Porto Novo, o mar amansou de repente e ficou como azeite. As pessoas estavam pasmadas, algumas benziam-se e diziam:
— Louvado seja o Senhor Espírito Santo!
A viagem até Ponta Delgada das Flores não podia ter sido melhor porque o Espírito Santo tinha amansado o mar para que a carne não faltasse para as esmolas do dia da Sua festa.
Fonte:
Furtado Brum
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