CORVO a beleza mística da mais pequena ilha açoriana


Os pontos fortes do turismo corvino continuam a ser o legado cultural religioso que a ilha ostenta, bem como os monumentos que expressam a fé da população que ali reside.

O Corvo é a mais pequena ilha do Arquipélago dos Açores. Situada a 39º40' e 39º43' de latitude Norte e 31º5' e 31º8' de longitude Oeste, o Corvo faz companhia à ilha das Flores no Grupo Ocidental. Tem uma área de 17,10 km2, e segundo os censos realizados em 2001, uma população de 425 habitantes. Descoberta em 1452, já teve vários nomes. Ilha de Santa Iria, ilhéu das Flores, ilha da Estátua, ilha do Farol, ilha de S. Tomas e ilha de S. Marco foram algumas das designações atribuídas à hoje conhecida como ilha do Corvo.

Se muitos se assustam ou ficam receosos com tão pequenas dimensões e uma população tão reduzida, a verdade é que estes aspectos conferem à ilha um carácter especial, de um quase conforto, contacto directo com a natureza e a sensação de se estar no meio no oceano numa ilha cuja pequenez de tamanho faz o individuo aproximar-se mais da sua essência. Por todos estes motivos, a ilha do Corvo adquire uma áurea mística e é vulgar e frequentemente destacada de todas as ilhas por ser a mais pequena, quando se fala dos Açores além fronteiras.

Os Açores são um destino de férias reconhecido em todo o mundo e as especificidades de cada ilha apelam aos gostos dos milhares que todos os anos recorrem ao turismo no Arquipélago. Desengane-se quem pensa que as dimensões reduzidas são um factor de repulsão de turistas. É muitas vezes esse o motivo que os atrai, despertando a curiosidade para a descoberta da ilha negra.

À semelhança das demais, as mais-valias relativamente à actividade turística assentam na cultura desta ilha. São as festas religiosas de Verão e os monumentos que expressam a fé nestas crenças que atraem turistas como Eva Branddt. Alemã, com pais açorianos (pai de Santa Maria e a mãe do Corvo), Eva tem uma forte ligação com a terra do pai. "É diferente do frenetismo que rodeia Berlim. É para onde venho quando preciso estar ligada à essência da vida" e acrescenta que todos os anos não perde a oportunidade de visitar as ilhas onde os pais nasceram. "Adoro os Açores. A cultura açoriana é algo que se sente a nível profundo. Se tivesse nascido cá, nunca seria capaz de abandonar este paraíso", assegura.

Deste modo, e devido à dinâmica que caracteriza a ilha e tudo o que dela faz parte, a força do turismo do Corvo está nas tradições. Festividades religiosas e os muito antigos monumentos e igrejas trazem emigrantes que procuram rever as suas raízes, bem como outros que motivados pelas mesmas ou outras razões passam na ilha.

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