O Prémio Capital Verde 2011 pertence a Hamburgo (Alemanha), tornando-se a segunda cidade a receber este galardão, uma iniciativa da Comissão Europeia que surgiu como resposta a uma sugestão apresentada por diversas cidades europeias
Segundo o Comissário Europeu do Meio Ambiente, Stavros Dimas, um dos motivos que determinaram a escolha de Hamburgo foi a ambiciosa meta a que se propôs: reduzir as emissões de CO2 em 40 por cento até 2020 e em 80 por cento até 2050. Comparativamente com o ano de 1990, Hamburgo já conseguiu reduzir as emissões em 15 por cento.
A eficiência energética em edifícios e corredores logísticos foi uma das chaves para estes resultados, para além da introdução de motores híbridos nos veículos pesados de transporte de mercadorias. A cidade estuda também a criação de incentivos para reduzir a contaminação dos barcos, descendo as taxas aplicadas consoante o nível de emissões. Também está a ser analisada a viabilidade de utilizar gás natural como combustível marítimo.
A eficiência energética é, de resto, o tema da apresentação de Wilhelm Schulte, director-geral do departamento de Solo e Planeamento do Território do Ministério de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da Cidade de Hamburgo. Ele vai estar na sétima edição da UrbaVerde, no Encontro de Autarcas agendado para o dia 24 de Fevereiro.
Hamburgo é, definitivamente, uma das cidades mais verdes da Alemanha: 41 por cento da sua área total é composta de terras cultivadas e prados, parques e áreas verdes públicas, florestas, regiões pantanosas e charnecas. As reservas e outras áreas sob protecção ambiental perfazem 28 por cento da superfície da cidade, existindo actualmente mais de 240 000 árvores plantadas nas ruas.
No documento da Comissão Europeia que sustenta a escolha, o comissário sublinha a aposta nas «respostas ecológicas para os inúmeros desafios metropolitanos que enfrenta» , e dá como exemplo a qualidade d ar, que é «bastante boa», ao mesmo tempo que cada cidadão tem um transporte público a 300 metros. A cidade prevê ainda o lançamento de um “comboio de ideias” , que viajará por toda a Europa divulgando experiências e boas práticas.
Hamburgo converteu-se também num centro de investigação sobre as alterações climáticas a nível mundial. Mais de 450 cientistas trabalham naquele que é conhecido como o campus do clima, que inclui o Centro de Ciências Marinhas e Atmosféricas – no qual participam a Universidade de Hamburgo, o Centro Alemão de Dados Climáticos, o Instituto Meteorológico Max Planck e o Centro de Investigação Geesthacht.
Autor : Diana Catarino
Fonte: http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=10308
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