Na gastronomia jorgense, o inhame desempenha um papel de relevo. Presente na gastronomia de outras ilhas, em nenhuma parece ter adquirido uma tal importância, ao ponto de por sua causa a ilha ter assistido a um famoso motim do século XVII, em cuja memória deste facto existem duas folhas de inhame no Brasão de Armas da Calheta.
Do género "colocasia", existem duas variedades em São Jorge: calocasia antiquorum e calocasia escolenta, inhame vermelho e inhame-de-água. É um acompanhamento, presente em vários pratos tradicionais e muito apreciado localmente. O inhame foi durante muito tempo considerado a comida dos pobres. No século XVI foi mesmo a base da alimentação dos escravos e dos muito desfavorecidos. Desta cultura, em São Jorge, já se fala em 1563. Sendo conhecido desde a antiguidade, no Mediterrâneo, pode ter sido introduzido pelos romanos ou gregos no Algarve e por essa via nos Açores. Ou, eventualmente, pelos casais mouriscos que povoaram São Miguel, sendo daí trazido para outras ilhas.
Fonte: Guia Património Cultural São Jorge, 1ª edição, 2003
Fonte Imagem: http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Motim_dos_Inhames
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