Figura do menino Jesus está enraizada na arte açoriana

LIVRO. Imagem de Jesus é reproduzida desde o séc. XVI
A figura de Jesus menino está enraizada na cultura e na arte açorianas nas múltiplas linguagens artísticas e iconográficas, considera José de Almeida Mello, autor do livro Açores - Jesus - Menino presente.
De acordo com o autor, os Açores são guardiões de um interessante espólio de peças ligadas ao ciclo da natividade.
"Os artistas que produziram este conjunto de peças, expressas na cultura e na pintura, são herdeiros de um longo trajeto do género narrativo do ciclo da natividade", escreve" adiantando que o "seu conhecimento é fundamental para a sua valorização, divulgação e promoção, quer junto das pessoas que vivem nas ilhas, quer junto daqueles que as visitam, tanto no Natal como noutras alturas do ano", afirma.
De facto, considera, a obra levanta uma questão central que tem que ver com a falta de conhecimento do legado artístico no arquipélago.
Ainda assim, José de Almeida Mello diz que o tema da natividade continua a cativar os açorianos, sobretudo em São Miguel, surgindo coleções privadas e produções locais com interesse.
A obra, que foi lançada a cinco de novembro em Ponta Delgada, parte da recolha e de conteúdos artísticos dos séculos XVI ao XX e aborda o tema de Jesus e a sua representação na pintura e na escultura.
Segundo o historiador, não se trata de um estudo académico e exaustivo, mas sim de "um simples contributo para a sua valorização e promoção, que poderá constituir uma mais valia, tanto turística, como cultural e económica".
Açores - Jesus - Menino presente é prefaciado pela arquiduquesa da Áustria, Walburga de Habsburgo-Lorena Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, que considera que a obra aborda um legado valioso e simbólico de um povo e de uma terra, ao longo da sua história.
"Trata-se de uma investigação de grande utilidade para os Açores e de um notável contributo para a história da arte, visto que aborda um tema até agora quase desconhecido, ao estudar a figura de Jesus - Menino, nas múltiplas linguagens artísticas e iconográficas", escreve. 

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