O Secretário Regional da Agricultura e Florestas inaugurou, esta segunda-feira, o Viveiro Florestal de Espécies Autóctones, na ilha Terceira, uma infraestrutura que pretende dar resposta a uma área específica da produção de plantas, permitindo a produção de várias espécies arbóreas e arbustivas, na ordem das 40.000 plantas por ano.
Este espaço, instalado numa área total de dois hectares, reúne todas as condições para a produção de plantas de elevada qualidade, quer pela via seminal, quer pela vegetativa, sendo que os materiais florestais de base são colhidos exclusivamente nesta ilha.
As plantas são produzidas em contentores, tendo-se investido numa estufa climatizada, casas de sombra, sistema de rega automática, estação de monitorização ambiental e substratos apropriados, entre outros.
Na altura, Noé Rodrigues destacou o trabalho que os serviços florestais têm desenvolvido na arborização, um pouco por todo o arquipélago e convidou as câmaras municipais e juntas de freguesia a fazerem a divulgação destes espaços juntos das suas populações.
Neste momento as repercussões no panorama florestal são já efetivas, com uma nova dinâmica de arborização de várias áreas do Perímetro Florestal com espécies como o Pau branco, Sanguinho, Vinhático ou Ginjeira brava, entre outras. No total plantaram-se já 4,5 hectares, estimando-se que, até ao final do ano, esta área chegue aos 10 hectares.
Neste espaço, o Governo dos Açores apostou numa solução integrada de várias valências em que são disponibilizados produtos e serviços.
Porque a qualidade das sementes florestais determina no imediato o comportamento das plantas produzidas no viveiro e no médio/longo prazo o desenvolvimento dos povoamentos florestais, foi criado um Centro de Sementes, onde se faz o processamento da semente, a caracterização dos vários lotes e se procede ao seu armazenamento.
Tendo em conta que a sociedade valoriza cada vez mais a área do património natural, mas na maior parte das vezes o conhecimento que lhe é disponibilizado sobre esta temática é manifestamente insuficiente, foi criado um Centro de Divulgação Florestal que, recorrendo a vários suportes de comunicação, e de uma forma interativa, pretende dar a conhecer as espécies florestais naturais que são produzidas neste espaço e mostrar que, potenciando o seu uso sustentado, se está a contribuir decisivamente para a sua conservação.
A organização espacial e funcional deste espaço está adaptada para proporcionar visitas guiadas à área de produção de plantas, ao centro de divulgação florestal e a todo o espaço envolvente. Como público-alvo prioritário definiu-se a comunidade escolar dos vários níveis de ensino, sem que isso impossibilite a restante sociedade de dele também poder usufruir.
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