"Heróis à moda dos Açores"


Está prestes a ser lançado o livro "Heróis à moda dos Açores", composto por cinco contos humorísticos que fazem uso de expressões açorianas. O que se pretende, garantem os impulsionadores do projeto, é disponibilizar uma obra, não académica e que possa ser facilmente compreendida por todos, que preserve a riqueza linguística das ilhas.
A obra, escrita a cinco mãos e que é apresentada no próximo dia 27, às 17h00,  no Coliseu Micaelense, por Victor Rui Dores, foi coordenada, no arquipélago, pelo jovem escritor Rúben Correia. A coordenação da coleção está a cargo de João Carlos Brito, linguista e escritor.
De acordo com Rúben Correia, os textos relatam algumas das atividades mais expressivas da cultura local, como aquelas ligadas ao Espírito Santo, e recordam, também, individualidades que marcaram a vida política e cultural dos Açores, como Mota Amaral, antigo presidente do Governo Regional e da Assembleia da República, e Teófilo de Braga, presidente da República em 1915, e escritor.
Apesar destas particularidades, o coordenador regional do livro "Heróis à moda dos Açores" acredita que a obra pode ser compreendida mesmo por quem não é do arquipélago.
"O livro tem, no final, um dicionário do corisco e um significado. Os outros livros da coleção venderam muitas cópias e estão até a ser estudados em universidades, por isso acredito que esta obra pode ser percebida mesmo por quem não é de cá", sublinhou.
De acordo com o jovem escritor micaelense, o livro vem, sobretudo, reavivar as raízes culturais do arquipélago, transmitindo-as, de forma apelativa, aos mais jovens, para que não se esqueçam de onde vem a identidade local.
Foi Rúben Correia quem fez a escolha dos restantes autores que assinam o livro. Gabriela Silva, Humberta Araújo, Paula Espada e Rita Bonança juntaram-se ao jovem escritor para a elaboração do trabalho, que tem a chancela da editora Lugar da Palavra.
"Cada um fez o seu texto. Foi engraçado, porque nenhum de nós tinha, até este momento, tentado escrever com humor. Mas neste caso não foi difícil, porque nos limitámos a reportar o nosso dia-a-dia, as nossas festas, as nossas tradições", adiantou a DI.


Fonte: Diário Insular

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