Imagem in : http://www.flickr.com/photos/leigo/7085201765/ |
Situados
frente à costa sul da ilha Terceira, na freguesia do Porto Judeu, os ilhéus das
Cabras são um dos ícones incontestáveis do Concelho de Angra do Heroísmo e da
ilha Terceira. São constituídos por dois pequenos ilhéus, outrora uma só ilha,
e o que resta de um antigo cone vulcânico de origem surtesyana. O canal que os
separa é bastante profundo com cerca 200 m de largura.
O mito que está relacionado com o Ilhéu das Cabras data o período da II Guerra Grande
Mundial, em que um submarino alemão se terá refugiado entre estes dois ilhéus
para fugir ao ataque de submarinos americanos que o perseguiam. Ninguém sabe se
é verdade ou não mas tal facto é plausível devido á grande profundidade da água
existente entre os dois ilhéus.
Ferreira Deusdado no seu livro publicado em 1907 com o título “Quadros
Açóricos” descreve a história lendária de Fernão de Hutra imprudente mancebo
faialense.
O jovem Fernão
de Hutra apaixonou-se por uma freira e ao ser confrontado com a impossibilidade
de a ver, pertencia rapta-la. Em desespero, chegou até a fazer um pacto
com o diabo, mas foi mal sucedido. Então, o jovem viu-se forçado a abandonar a
cidade da Horta e foi encaminhado para a cidade de Angra. Em Angra, este perdido e boémio
jovem enamorou-se novamente e erradamente por uma das filhas do alcaide-mor. Furioso,
o alcaide-mor para evitar um trágico desenlace do romance, foi falar com o proprietário
dos ilhéus das Cabras, seu cunhado, arranjaram forma de o prender e levaram-no
contra a sua vontade para os ilhéus. Fernão de Hutra permaneceu durante sete anos
nos ilhéus e manteve com o seu pacto com o diabo, até que numa noite,
arrependido morreu, depois de ter sido absolvido e ungido por um fradinho, que lhe
aparecera misteriosamente.
Texto por :
André Santos
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