Do ofício de ferreiro, pouco
mais resta do que algumas tendas espalhadas pelas várias ilhas e alguns
artífices idosos que podem ainda testemunhar o valor de uma arte secular que se
destinava essencialmente a equipar as alfaias agrícolas e os animais de tração,
mas também algum mobiliário e utensílios de uso doméstico. Convertido às
inovações da modernidade e ao princípio da polivalência que a vida nas pequenas
ilhas impõe, o ferreiro tornou-se também serralheiro, equipando a sua oficina
com uma série de ferramentas eletrificadas. Este trabalho ficou preciosamente
registado nas grades de ferro de algumas ermidas e conventos, nos portões de
solares, quintas e laranjais e em muitas varandas das casas urbanas dos Açores.
Actualmente, o trabalho do ferro
forjado e a serralharia associam-se na produção de artigos de decoração com uma
componente artística interessante.
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