Forte de São Brás de Vila do Porto - Santa Maria

Forte de São Brás de Vila do Porto, também conhecido como Castelo de São Brás, localiza-se na freguesia da Vila do Portoconcelho de mesmo nome, a sudeste na ilha de Santa Maria.
Forte de São Brás / Foto Carlos Luis M C da Cruz
O Forte São Brás é uma construção de arquitetura militar, constituído por um pequeno baluarte trapezoidal com uma guarita (de cúpula semi-esférica em cantaria rematada por um pináculo) implantada no vértice mais agudo.
Forte de São Brás de Vila do Porto: guarita 
 Foto: Carlos Luís M C da Cruz


O forte conserva nove das antigas peças de artilharia e no centro do terra-pleno, destaca-se um padrão de cantaria em homenagem aos tripulantes do Caça-Minas Augusto de Castilho, cujo primeiro grupo de sobreviventes em um salva-vidas, aportou à ilha em 16 de Outubro de 1918. Este padrão, cuja autoria do projecto é atribuída ao arquitecto Raul Lino, foi inaugurado em 4 de Outubro de 1929. Em sua base encontra-se inscrita a data do feito - "14-10-1918" - e o verso: "E AQVELES QVE POR OBRAS VALEROSAS / SE VÃO DA LEI DA MORTE LIBERTANDO" (Luís Vaz de Camões.Os Lusíadas. Canto I, estância 2).
  Homenagem aos heróis do NRP Augusto de Castilho
FotoCarlos Luís M C da Cruz
O recinto definido pelo baluarte é limitado na parte posterior por um edifício de dois pisos, pela fachada lateral da Ermida de Nossa Senhora da Conceição e pelo muro que os une. No muro abre-se um portal em cantaria, com o vão rematado em arco abatido assente em impostas, encimado por três pináculos.
O edifício, de planta quadrangular, é construído em alvenaria de pedra rebocada e caiada com excepção dos cunhais, das molduras dos vãos e do remate superior do balcão que são em cantaria. As janelas são de guilhotina de duas folhas. Está coberto por dois telhados paralelos, de quatro águas, em telha de meia-cana tradicional, rematados por beiral simples. O acesso faz-se por escada e balcão adossados à fachada principal, havendo na face do balcão duas portas para acesso ao piso térreo

Forte São Brás/Foto: http://www.inventario.iacultura.pt/
"Egreja de Nossa Senhora da Conceição da Rocha e Casa do
Castello"  Foto:Álbum Açoriano, 1903.
Santa Maria, mesmo relativamente afastada das rotas das naus que retornavam das Índias e do Brasil, foi por diversas vezes atacada por corsários (Franceses em 1576Ingleses em 1589 e piratas da Barbária em 1616 e 1675) em busca de suprimentos, e que aproveitavam as incursões para saquear e destruir solares, conventos, igrejas e ermidas, e capturar prisioneiros, escravizados ou, posteriormente, resgatados a bom preço.
O cronista seiscentista Gaspar Frutuoso nos seus registos faz diversas referencias à ilha e aos diversos ataques dos corsários, mas não refere esta construção, o que nos leva a pensar que em  1586-1590 esta construção ainda não existisse. 
Sendo assim, acredita-se que a sua primitiva construção remonte ao início do século XVII, ou mesmo à segunda metade do mesmo século, quando o Capitão-mor João Falcão de Sousa, 10º capitão do donatário (1654-1657), exerceu o cargo de Superintendente das Obras de Fortificação da ilha.

 Casa do Comando e Quartel da Tropa/ Foto:  Carlos Luís M C da Cruz




Andreia Goulart



Fonte de Informação: http://www.inventario.iacultura.pt/smaria/vilaporto_fichas/11_25_124.html; Livro História Ilustrativa da Arquitectura dos Açores.
Fotos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_S%C3%A3o_Br%C3%A1s_de_Vila_do_Porto/ Autor: Carlos Luís M C da Cruz; http://www.inventario.iacultura.pt/smaria/vilaporto_fichas/11_25_124.html


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