Águas-vivas

                As água-vivas, de nome científico pelagia noctiluca, são uma espécie que apesar de normalmente viverem na coluna de água, entre a superfície e os 150 m de profundidade, as água-vivas têm sido encontradas até aos 1.400 m. Nos Açores podem aparecer isoladas, mas por regra formam agregações mais ou menos compacta, tanto em mar alto como em zonas costeiras. Por vezes, em épocas de grande abundância, especialmente na Primavera e no início do Verão, acumulam-se e arrojam em grandes quantidades nas costas das ilhas. A sua umbrela possui 16 lobos e 8 tentáculos marginais, que se assemelham a cabelos e que podem ter 3m de comprimento. Do centro da umbrela saem 4 braços orais espessos e pregueados. São conhecidas por produzirem bioluminescência nocturna, especialmente quando perturbadas.
                Apresentam entre 3 a 12 cm de diâmetro e alimentam-se de zooplâncton incluindo salpas e outras medusas mais pequenas. Quando em contacto com os tentáculos marginais, as presas são paralisadas por um toxina produzida por células especializadas, depois são transferidas para os braços orais, que as direcionam lentamente para a cavidade gástrica. As águas vivas são observadas sempre em movimento à procura de presas pequenas.

                Estas medusas podem infligir ferimentos mais ou menos graves em banhistas desatentos. Em determinados anos a sua abundância é muito elevada e acumulam-se em praias expostas ao vento.


© Thomas Stauffer

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