Slavonia era um paquete luxuoso construído nos estaleiros de Sunderland na Inglaterra, em 1902 que fazia transporte de pessoas e mercadorias da Índia para a Europa.
Mais tarde começou a fazer o transporte de emigrantes da Europa para a América, foi numa dessas viagens, no dia 9 de Junho de 1909 transportava 225 tripulantes e 372 passageiros, 272 de segunda classe e 100 de primeira classe com destino a Trieste.
Foram os passageiros da primeira classe os responsáveis pela tragédia porque apercebendo-se que na rota o paquete ia passar a 160 Km a norte da Ilha do Corvo, alguns passageiros fizeram chegar ao Comandante Arthur Dunning um pedido escrito para que este aletrasse a rota de maneira a que pudessem observar as Ilhas do Corvo e Flores.
O Comandante então planeou rodear a Ilha das Flores pelo Sul a cerca de 6 milhas náuticas da Terra, mas como se abateu um forte nevoeiro sobre o navio e uma corrente marítima desviou-o da rota prevista e foi as 2,30 horas da madrugada, o Slavonia entrou a toda a força com a proa adentro pela Costa do Lajedo, junto ao Ilhéu da Baixa Rasa, a cerca de 1 Km da Ponta dos Fenais onde embateu no Ilhéu, ficando a popa imersa.
O fogo começou a arder nas fornalhas e ainda tiveram tempo de enviar um S.O.S. via radiotelegrafia.
O pedido de socorro foi captado pelo paquete germânico Prinzess Irene e pelo navio Batavia que imediatamente se dirigiram para o local do naufrágio. Todos os passageiros foram transportados até o navio Batavia que se encontrava próximo do porto das Lajes.
Do lado português, a imprensa da época recriminou a entidade governativa por o Farol das Lajes não estar concluido com máquinas e lanterna que poderiam ter evitado este naufrágio.
Fonte: Alexandre Monteiro, História dos Açores
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