O Carnaval nos Açores é umas das épocas festivas mais importantes,
caracterizando-se por uma mistura de tradições e influencias que vão desde o
entrudo, a bailes, danças, marchas, bailinhos e
batalhas de água.
No Pico temos os típicos bandos (teatros
populares) que satirizam as populações da ponta da ilha. Pelas restantes ilhas
vamos encontrar alegres bailes e matinés repletos de mascarados (pessoas com
fantasias e trajes de carnaval) que vão celebrar o Carnaval, dançando noite
dentro acompanhados de boa música carnavalesca. E ainda os desfiles das escolas
que trazem a pequenada toda às ruas das vilas e cidades, exibindo os seus
disfarces.
Na
terça-feira pela manhã a tradição é entrudar – ir para a rua e atirar
água, farinha e até ovos aos que se queiram juntar à brincadeira. Não havendo
idade ou intempérie de fevereiro que impeça a brincadeira, pois, afinal: é Carnaval, ninguém leva a mal!
Quanto
a iguarias, o Carnaval não peca por falta delas e já há
dias que nas casas açorianas se sente o cheiro a filhoses, malassadas,
coscorões ou ainda filhoses de forno ou fofas. As primeiras: uma massa doce que
depois de lêveda é frita e polvilhada com açúcar e as últimas uma massa que vai
ao forno e ao sair é recheada com um cremoso e aromático creme de limão. Mas
todos estes excessos são permitidos, pois não fosse o Carnaval tradicionalmente
aceite como o período de deleite que antecederia um tempo de contenção e
sacrifício. E isto afirmado pela própria origem latina do vocábulo: carnelevamen – “adeus,
carne”, ou “prazer da carne”, que nos remete às abstinências e prescrições que
marcam a Quaresma.
Fonte: http://www.marialanguages.com
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