Este prato teve a sua
origem nos primeiros povoadores provenientes de Trás -os- Montes, onde já
existia um prato semelhante á Alcatra, da qual se apelidam de Chanfana.
Outrora a alcatra fazia
parte da mesa de senhorios da alta sociedade que na altura tinham posses para confeccionar este prato típico da ilha Terceira.
A alcatra terceirense,
contudo tudo o que tem de, antigo, religioso está ligado ao Divino Senhor
Espirito Santo, devido ás funções que está inserido na cultura e na festividade
deste povo, todos o fazem mas de acordo com as posses que possuem.
A alcatra pobre, a que se
serve normalmente no império das freguesias com menos posses, era a mesma que
se servia em momentos especiais tais como: o casamento, batizado ou em touradas.
A carne utilizada para
este prato era e ainda é o chambão, o vinho de cheiro, a gordura utilizada era
a banha.
A alcatra pertencente á
classe média se tornou vulgar nos melhores restaurantes usam as melhores carnes
como o acém. Como não tem a mesma textura que o chambão, desfia- se toda, a
gordura com a evolução dos tempos e a outras influências gastronômicas é só
manteiga ou a mistura entre a manteiga e a banha. O vinho pode ser branco ou de
cheiro.
Nas famílias mais
antiquadas há o costume usar a carne de rabadilha ou folha de alcatra, a
gordura é manteiga e o vinho branco.
Miquelina Furtado
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