Quando o navio chegava às, Lajes, vagarosamente, já todas as embarcações se
encontravam nas proximidades do ancoradouro onde o então prático, Mestre João
Ti Ana (nome porque era conhecido João Gomes Vieira), com a sua bandeirola
hasteada, indicava o local certo o navio deveria lançar a sua âncora. Havia o
ancoradouro de dentro para os dias bons e o de fora para os dias em que o
estado do mar era pior. Nalgumas viagens apenas era possível fazer o serviço de
passageiros e noutras nem isso acontecia devido às condições do mar. Então o navio
ia para a Fajã Grande para onde todos os que podiam se deslocavam, ou aguardava
nas baías abrigadas da ilha por uma melhoria de tempo.
Quando o navio ancorava, logo as embarcações remavam para a borda para receberem ou entregarem carga. Havia elevada concorrência a disputar esse serviço: Maurício António Fraga, Manuel Semedo, António Pimentel e José Augusto Lopes antes de se transferir para Santa Cruz na década de 1960.O primeiro e o último tinham várias embarcações de carga e lanchas a motor para o transporte de passageiros e reboque dos barcos de carga. Era grande o movimento no porto. Havia muita gente envolvida nessa atividade de carga e descarga, uma vez que todo o serviço era feito sem máquinas nem guindastes ou ruas, salvo os de bordo do navio. Um trabalho braçal e duro, indicado apenas a pessoas fortes e desembaraçadas. Por ele passavam cargas pesadas como; sacos de sal, açúcar, cimento, cal, barris de vinho, bidões de petróleo, gasolina, óleo de baleia, etc. A partir de 1950 desembarcaram os carros e outras viaturas, com muita dificuldade, chegando por vezes a ser necessário juntar dois barcos e montar um estrado para transportar esses veículos.O gado bovino que se exportava, embarcava para os barcos pelos seus próprios meios, empurrados pelos carregadores para dentro dos barcos. Segundo contavam os mais antigos, houve tempos em que o gado seguia para junto do navio a nadar, atrelados a uma trave de madeira que por sua vez era puxada por uma embarcação a remos.
Quando o navio ancorava, logo as embarcações remavam para a borda para receberem ou entregarem carga. Havia elevada concorrência a disputar esse serviço: Maurício António Fraga, Manuel Semedo, António Pimentel e José Augusto Lopes antes de se transferir para Santa Cruz na década de 1960.O primeiro e o último tinham várias embarcações de carga e lanchas a motor para o transporte de passageiros e reboque dos barcos de carga. Era grande o movimento no porto. Havia muita gente envolvida nessa atividade de carga e descarga, uma vez que todo o serviço era feito sem máquinas nem guindastes ou ruas, salvo os de bordo do navio. Um trabalho braçal e duro, indicado apenas a pessoas fortes e desembaraçadas. Por ele passavam cargas pesadas como; sacos de sal, açúcar, cimento, cal, barris de vinho, bidões de petróleo, gasolina, óleo de baleia, etc. A partir de 1950 desembarcaram os carros e outras viaturas, com muita dificuldade, chegando por vezes a ser necessário juntar dois barcos e montar um estrado para transportar esses veículos.O gado bovino que se exportava, embarcava para os barcos pelos seus próprios meios, empurrados pelos carregadores para dentro dos barcos. Segundo contavam os mais antigos, houve tempos em que o gado seguia para junto do navio a nadar, atrelados a uma trave de madeira que por sua vez era puxada por uma embarcação a remos.
O transportes das cargas para as lojas eram feitos em carros de bois
pertencentes a carregadores licenciados para esse fim, como por exemplo
Francisco Castelo e José Maria das Lajes e meu vizinho Caetano Vital da
Fazenda. Só a partir de meados da década de 1950 iriam surgir as camionetas das
Firmas João Germano de Deus e Maurício António Fraga, das Lajes.
Muitos aproveitavam para ir a bordo para estarem no navio durante algum tempo, na descoberta de um ambiente diferente e maravilhavam-se pelos bares da 1º. ou 2ª. classe , nos corredores ou convés, quem sabe, sonhando com alguma viagem….
Houve três dias de vapor que ficaram na memória das pessoas pelo seu significado e pelo movimento de pessoas que então provocaram: a passagem do Presidente da República- General Carmona em 4 de Agosto de 1941 (só em Santa Cruz), a passagem em 31 de Agosto de 1942 pelo Padr
Fonte: António Maria Gonçalvese Cruz e a passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima em Junho de 1948.
Apesar da vulgaridade desses dias nos nossos tempos , ainda muitos de nós, talvez recordando tempos antigos, sentimos nesses dias, com o apitar dos barcos, essa atmosfera de festa e alegria.
Fonte: António Maria Gonçalves
Muitos aproveitavam para ir a bordo para estarem no navio durante algum tempo, na descoberta de um ambiente diferente e maravilhavam-se pelos bares da 1º. ou 2ª. classe , nos corredores ou convés, quem sabe, sonhando com alguma viagem….
Houve três dias de vapor que ficaram na memória das pessoas pelo seu significado e pelo movimento de pessoas que então provocaram: a passagem do Presidente da República- General Carmona em 4 de Agosto de 1941 (só em Santa Cruz), a passagem em 31 de Agosto de 1942 pelo Padr
Fonte: António Maria Gonçalvese Cruz e a passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima em Junho de 1948.
Apesar da vulgaridade desses dias nos nossos tempos , ainda muitos de nós, talvez recordando tempos antigos, sentimos nesses dias, com o apitar dos barcos, essa atmosfera de festa e alegria.
Fonte: António Maria Gonçalves
fora do normal deixavam
intrigados
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