As subidas à montanha do Pico
atingiram na terça-feira, dia 15 de agosto, um novo recorde diário, com 384
pessoas a escalar o ponto mais alto de Portugal, de 2.351 metros, disse à
agência Lusa o Diretor regional do Ambiente dos Açores.
“O último recorde foi num dia que
não posso precisar, mas algures em agosto de 2013, quando subiram 329 pessoas”,
afirmou Hernâni Jorge.
Segundo Hernâni Jorge, “julho e
agosto, tradicionalmente, sempre foram meses bastante procurados pelos
visitantes e pelos locais, também, para a subida à montanha”.
“Mas temos vindo, de forma
consistente nos últimos anos, a verificar uma subida no número de escaladas,
sendo que por exemplo hoje, durante a manhã, por volta das 05:30 [mais uma hora
em Lisboa] ultrapassámos já as dez mil subidas desde 01 de janeiro, valor esse
que no passado só tinha sido atingido em 2015 e em 2016”, explicou o
responsável.
O Diretor Regional do Ambiente
precisou que no caso de 2015, as dez mil subidas foram ultrapassadas em meados
de outubro, enquanto no ano passado tal aconteceu no mês de setembro.
“Se se mantiver a procura que
temos vindo a verificar na primeira quinzena de agosto, perspetivamos que até
ao final do mês possam ser ultrapassadas as 12.317 subidas de todo o ano de
2016”, salientou.
Hernâni Jorge referiu que há um
limite de permanência em simultâneo no trilho da montanha, de 160 pessoas,
podendo em situações excecionais ser autorizado um acréscimo de 25%, até ao
máximo de 200 pessoas.
“No Piquinho [70 metros acima da
cratera], a permanência em simultâneo é de 30 pessoas por um período máximo de
30 minutos”, adiantou, explicando que “nesta altura estarão mais de cem pessoas
em lista de espera para procurar subir a montanha durante o dia de hoje,
aguardando que outras desçam para poderem iniciar a sua subida”.
O Diretor Regional do Ambiente
dos Açores informou que uma grande percentagem dos visitantes da montanha são
turistas, “com predomínio dos nacionais não residentes na ilha”, destacando,
igualmente, “bastantes estrangeiros com predominância dos alemães e, nos
últimos anos, também com uma grande relevância de franceses e italianos”.
Hernâni Jorge justificou ainda o
aumento de escaladas à montanha com diversos fatores.
“A montanha é imponente,
afirma-se no contexto da ilha, ocupando várias perspetivas que temos da
paisagem”, realçou, salientando que esta é uma reserva natural, “uma das
primeiras do país e da região”, criada há 45 anos.
Nesse sentido, acresce um
conjunto de fatores naturais, como os ecossistemas e “as espécies que podem aí
ser encontradas”, assim como o desafio que passa “pela escalada do ponto mais
alto de Portugal e um dos pontos mais altos do Atlântico Norte”, afirmou.
De acordo com a página na
Internet dos Parques Naturais dos Açores, “embora não sendo uma escalada
técnica, a subida à montanha do Pico é de grau de dificuldade médio/elevado”.
“O trilho tem uma extensão total
de cerca de 7.600 metros (3.800 metros desde a base até ao cume) e um desnível
de 1.100 metros, iniciando-se na Casa da Montanha, a 1.230 metros de altitude,
onde todos os caminhantes fazem o registo de subida, atingindo o cume aos 2.351
metros de altitude e terminando com o regresso à Casa da Montanha”, adianta.
Fonte:http://www.acorianooriental.pt/noticia/subidas-a-montanha-do-pico-atingiram-novo-recorde-na-terca-feira-281280
Patrícia Machado
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