Na edificação em que está sediado o Quiosque de Turismo de Velas, podemos encontrar a Loja de Artesanato, explorada pela empresa municipal Velasfuturo. Suscitados pela curiososidade, fomos conhecer este espaço em toda a sua magnitude. Para esse propósito, entrevistámos a assistente técnica e recepcionista de Turismo Gina Maciel, de forma a desvendar um pouco mais sobre esta temática.
LL – Bom dia Gina Maciel. Para iniciar a nossa entrevista, gostaria que me contasse um pouco do trajecto da loja de Artesanato, bem como o seu percurso na mesma.
GM – Bem, a loja de artesanato foi inaugurada a 8 de Dezembro 2005 na rua direita, numa loja de estilo muito apropriado, a mesma com padrão de espaço rural. Tendo como administração a Associação para o desenvolvimento da ilha de São Jorge, no ano de 2007 a administração foi extinta para a criação da empresa Velasfuturo - E.E.Municipal. Nesse mesmo ano a loja foi para as instalações do Auditório municipal até as obras do atual edifício na praça velha estarem concluídas, pois esta obra foi criada propositadamente para este fim de loja de artesanato. Estive presente em todo este percurso, passando por vários cargos ao longo do tempo.
LL – A ilha de São Jorge é afamada pelos seus trabalhos de artesanato como as colchas, entre outras obras dos artesãos jorgenses. Os artesãos da ilha, tem participado ativamente para o sucesso da loja?
GM- Tem existido ao longo do tempo altos e baixos na participação dos artesãos, por vários motivos sendo o principal o boato que a loja vai encerrar portas, que na minha opinião e da população local não há nenhum motivo aparente para que isso aconteça, além do mais sendo a única loja de artesanato local, mas sim os nossos fornecedores vão sempre nos trazendo novidades dos seus trabalhos, e sim acho que deve sempre existir uma loja de artesanato para escoar os produtos que estes fazem.
LL – São inúmeros os turistas que visitam a ilha e cada vez em maior número. Os visitantes que surgem na loja de artesanato procuram essencialmente que produtos?
GM- Procuram sempre produtos que tenham motivos da ilha, bem como bordados, objetos feitos em madeira, trabalhos em vime entre outros. As pessoas que nos visitam têm o privilégio de encontra um pouco de tudo para presentear alguém com um mimo de S. Jorge.
LL – Os visitantes da loja apreciam saber a utilidade que os nossos antepassados davam aos objetos que estão a comprar?
GM- Sim os nossos turistas são sempre muito curiosos, gostam sempre de saber as nossas histórias dos antepassados e eu enquanto profissional tento fazer um enquadramento breve da utilidade dos mesmos.
LL – Sei que tem feito algum trabalho de divulgação na loja, principalmente nas redes sociais, pode falar um pouco sobre isso.
GM- Sim, há tempos estive a ideia de criar no facebook uma rede social muito conhecida, uma página para expor todos os produtos dos nossos artesãos, em todas as épocas festivas faço sempre um álbum relacionado com o tema e quando os fornecedores me trazem novidades publico sempre. Desde já faço a propaganda para os mais curiosos visitarem a página” Loja de Artesanato”: https://www.facebook.com/pages/Loja-de-Artesanato/134893293280343.
LL – Teve o privilégio de ter estado na BTL de 2012, como foi a opinião das pessoas em relação ao destino São Jorge?
GM- Bem, já estive o privilégio de ter ido noutros anos através da Camara Municipal de Velas e este ano fui através da ART, em que fiz parte da equipe que foi representar as ilhas e neste caso fui representar a nossa ilha S.Jorge, mas a meu ver este ano foi muito mais apelativo, notei em algumas pessoas muito interesse em visitar o nosso destino, muitas pessoas conhecem a ilha pelo nosso famoso queijo mas também, associando a imagem de S. Jorge à natureza existente principalmente a Fajã de Santo Cristo, posso até sucintamente contar um episódio, umas senhoras ficaram espantadas com o cartaz que eu tinha como pano de fundo do balcão a imagem da caldeira não associavam tanta beleza a esta ilha, do feedback que tive as pessoas mostraram-se bastante interessadas em nos visitar, sendo a principal barreira referida pelos mesmos os preços exorbitantes que as companhias aéreas cobram.
Houve muitos visitantes que comentaram comigo que de todos os pavilhões da BTL notava-se que os dos Açores estavam muito bem representados e que tinham muita oferta entre elas as provas gastronómicas como os brindes alusivos às ilhas.
LL – Falou da opinião das pessoas que estiveram na BTL e conferenciaram consigo o parecer pessoal deles sobre o destino São Jorge e enquanto jorgense qual a sua opinião em relação ao turismo nesta ilha?
GM - Nota-se muita sazonalidade, a meu ver devia haver mais pacotes turísticos apelativos e a excelentes preços para os turistas poderem visitar-nos, por exemplo na nossa ilha seria mais atractivo haver mais percursos de autocarros, os horários não são os melhores e muitas vezes não coincidem com os barcos deveria haver mais espaços de alojamento de particulares a preços mais apelativos, por exemplo há turistas que pretendem apenas quartos por dois ou três dias e ir para um hotel fica muito dispendioso.
LL – Muito obrigado pela sua disponibilidade, desejando de igual modo sucesso para a Loja de Artesanato.
GM - Muito obrigado por se ter lembrado de me entrevistar a respeito da nossa Loja de Artesanato e espero que com esta entrevista haja uma maior divulgação da mesma.
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