O
estudo baseia-se nas últimas duas décadas. Nas costas dos Açores apareceram
peixes raros, peixes mais típicos de águas tropicais. Espécies como peixe-porco
(peixe-porco de outras espécies, mas da família do peixe-porco sobretudo) e também
outras espécies de enxaréus, mais tropicais. Estas são as duas famílias que de
facto se têm mostrado como os peixes mais aventureiros a aparecer por cá.
Na
costa de Portugal Continental já existem dados que comprovam que as alterações climáticas
estão directamente ligadas ao aparecimento destas espécies. Nas descargas
tem-se verificado uma diminuição no número de espécies de águas temperadas e
uma subida das espécies de águas subtropicais ou tropicais, mas nos Açores os
investigadores dizem que ainda é muito cedo para se chegar a esta conclusão.
Para
podermos ter a certeza sobre se há ou não e em que sentido é que existem estas
alterações, por exemplo, o aquecimento global e um aquecimento em particular,
na Região dos Açores, nas águas, nas séries temporais, que são chamadas de
séries temporais muito longas, ou seja, séries que se estendem ao longo de
várias décadas para podermos distinguir o que é a variação natural de algo que
de facto é diferente da sua variação natural.
De
qualquer modo, o que se tem analisado é um aumento substancial destas espécies tropicais
nos mares dos Açores.
Isto
pode indicar os efeitos de um ligeiro aquecimento das águas, o que não se sabe
é se esses efeitos são duradouros ou se são apenas acontecimentos raros que
fazem parte da variação da alta temperatura das águas dos Açores, por isso os
estudos irão continuar. Os investigadores pedem também aos homens do mar para
reportarem todas as espécies que encontrem de modo a apoiar o DOP (Departamento
de Oceanografia e Pescas) neste trabalho.
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