Exportação de ananás dos Açores para Inglaterra começou há 150 anos

Diversas atividades como palestras, provas gastronómicas, um concurso de produtores e uma exposição vão marcar, na freguesia da Fajã de Baixo, Ponta Delgada, entre 12 e 15 de novembro, os 150 anos do início da exportação do ananás dos Açores para Inglaterra.
 
Fonte da Junta de Freguesia da Fajã de Baixo, na ilha de S. Miguel, avançou à agência Lusa que durante quatro dias será levado a cabo um "vasto programa comemorativo" para assinalar o acontecimento, numa localidade onde, apesar da pressão imobiliária dos últimos anos, a cultura do ananás ainda sobrevive.
De acordo com registos históricos, foi exatamente a 12 de novembro de 1864 que ocorreu o envio da primeira remessa do fruto rei, produzido na ilha de S. Miguel, para a cidade de Londres, uma exportação que de significativa passou a residual ou inexistente com o passar dos anos.
Além da sessão solene de abertura no salão nobre da Junta de Freguesia e do lançamento de um selo comemorativo, decorrerá também a 12 de novembro, a partir das 18:30, a inauguração de uma exposição, com a reprodução real de uma estufa, exibição de plantas, ananases, utensílios e vestuário utilizado pelos estufeiros.
A mesma fonte avançou que o segundo dia será dedicado à vertente económica do ananás, estando prevista uma palestra, pelas 20:30 (21:30 em Lisboa), sobre o passado, presente e futuro, tendo como moderador o antigo presidente da junta de freguesia e estudioso da cultura do ananás João Carlos Macedo.
O fruto rei nos Açores continua a ser cultivado de forma totalmente biológica em estufas, essencialmente nos concelhos de Ponta Delgada e Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, sendo que a produção anual é cada vez menor e atinge, atualmente, pouco mais de mil toneladas.
O ananás de S. Miguel é originário da América do Sul e Central, tendo sido introduzido no arquipélago como planta ornamental em meados do século XIX, enquanto as primeiras explorações de caráter comercial surgiram em 1864.





Fonte: http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=38109&visual=3&layout=10&tm=10

Patrícia Machado

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