Mergulho nos Açores

As nove ilhas e alguns ilhéus são apenas a face aparente e mais conspícua dos Açores. Sob as suas águas existem mais de trezentas montanhas, numerosos vales e cordilheiras. Trata-se do mais oceânico arquipélago de todo o Atlântico. Um remoto centro de cruzamento de influências oceanográficas com um património único de biodiversidade selvagem. Ocorrem aqui mais de 20 espécies de cetáceos, quase setecentas espécies de peixes, numerosas aves marinhas, tartarugas, importantes recifes e jardins de corais de mar profundo, povoamentos de algas variadas, cefalópodes, crustáceos e muitos outros invertebrados. Não há comparação possível entre a riqueza selvagem do ambiente marinho dos Açores e a do ambiente terrestre. Para além das espécies, os habitats são também únicos e diversos: vulcões activos, gruta, baías abrigadas e costas expostas, bancos ao largo, caldeiras extintas, ilhéus e declives de ilha, azul do profundo e de aparência infinita do mar aberto.



Esta notável riqueza tornou-se cenário inspirador de inúmeros fotógrafos e cineastas de todo o mundo e permitiu ganhar espaço de interesse mundial para a fotografia sobre a vida marinha dos Açores.

Um dos “pontos quentes” da beleza paisagística subaquática e da biodiversidade marinha é sem dúvida a ilha Graciosa com os seus ilhéus e fundos rochosos onde a intervenção humana tem sabido estar em harmonia com a natureza selvagem. Mergulhar ao largo das ilhas do Grupo Central faz-nos sentir em harmonia num espaço tridimensional de imponderabilidade onde cada espaço da rocha está coberto de vida e por todo o lado rodeado de peixes.

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