A
proposta do Governo dos Açores classifica quatro novas áreas
marinhas protegidas, entre as quais a área marinha para a gestão de recursos do
arquipélago submarino do ‘Meteor’, dentro e fora da Zona Económica Exclusiva
(ZEE) dos Açores, e a área marinha protegida de perímetro de proteção e gestão
de recursos, localizada a sudoeste do arquipélago, também dentro e fora da ZEE.
As duas restantes são a
área marinha protegida para a gestão de recursos do Banco Condor e a área
marinha protegida para a gestão de ‘habitats’ espécies do Banco Princesa Alice.
A área marinha do
arquipélago submarino do ‘Meteor’, em especial o monte submarino Grande Meteor,
tem sido, ainda de acordo com a nota hoje divulgada, uma “zona muito estudada”
por equipas de cientistas russas e alemãs, onde foi descrita a presença de
cobre, níquel e cobalto, podendo encontrar-se vulcões de lama e hidratos de
metano.
No que concerne à área
marinha protegida de perímetro de proteção e gestão de recursos localizada a
sudoeste dos Açores, esta justifica-se, segundo o executivo regional, pelas
espécies aí existentes, que são “particularmente promissoras do ponto de vista
biotecnológico”.
“Verifica-se um elevado
potencial para a exploração mineral, sendo que a classificação desta área é uma
forma de garantir a conservação da diversidade dos habitats e espécies,
evitando a perda de biodiversidade”, refere-se na proposta de diploma.
A área marinha protegida
para a gestão de recursos do Banco Condor apresenta, por seu turno, jardins de
corais, descobertos em 2006, agregações de esponjas e áreas de sedimento
albergando gorgónias, esponjas e outros organismos, sendo considerada como um
“local com interesse para a conservação e a exploração sustentáveis de
recursos”.
Em relação à área marinha
protegida para a gestão de ‘habitats’ ou espécies do Banco Princesa Alice, a
nota do executivo aponta que esta constitui uma zona de pesca (demersal e de
grandes pelágicos) e tem “grande importância” para o desenvolvimento de
atividades marítimo-turísticas, sobretudo na zona do topo do banco.
Segundo o Governo Regional,
esta proposta “não altera a sua utilização” enquanto zona de pesca,
salvaguardando, no entanto, a possibilidade de implementação de medidas de
gestão da área por publicação de portaria.
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Ana Cabrita
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